Capítulo 53

~POV Alli Simpson~

Quando a Manu saiu do banho fomos secar o cabelo dela. Já tínhamos separado uma roupa, que provavelmente ficaria bem com a roupa que Cody iria usar, que seria essa:

E a dela essa:

Não era pra eles combinarem, mas não seria uma coisa tão formal, nem tão informal.

“Meninas, não to entendendo nada. Dá pra me explicarem?”

“Não sis, logo você vai saber.”

“Ai meu Deus! Sis, enquanto a Alli ta secando meu cabelo, pega seu presente, que ta naquela sacola.” Apontou pra uma sacola ao lado do guarda-roupa.

“Okay.” Abriu a sacola e a embalagem. “OMG! O sapato que a gente viu aquele dia! Obrigada sis, eu amei.” Abraçou ela.

“Imagina sis, feliz aniversário!”

“Ai Babi, nem deu pra comprar seu presente com tudo que a gente teve pra fazer hoje.” Fiz beicinho.

“Tudo bem, amiga.”

“Aaaaah! Eu quero saber o que vocês tão tramando.”

“Como a Babi disse, logo você vai saber, amiga.”

“Que medo disso!”

“A gente já separou até sua roupa.” Eu disse e Babi mostrou a roupa pra ela.

“Estão me deixando cada vez mais ansiosa.”

Nós rimos. “Calma.”

[...] Depois do cabelo fizemos um make bem natural e sem muita coisa nos olhos já que, provavelmente, ela se emocionaria com a música. Ficamos um tempo jogando conversa fora e por diversas vezes ela perguntou o que a gente tava fazendo ou pra onde ela ia, mas não respondemos. Já não estávamos mais conseguindo esconder quando o Cody me mandou uma sms que dizia: ‘Manda ela descer que o pai já acertou tudo com o taxista. #Ansioso’. Respondi pra ele: ‘Fica calmo bruvva, vai dar tudo certo’.

“Chegou sua hora, amiga.”

“Hora de?”

“Só no local você vai saber.”

~POV Manuela Albuquerque~

Aquela situação já estava me deixando muito aflita por não saber pra onde ou com quem eu ia. Desci com elas e ficamos na calçada esperando algo ou alguém. Um taxi se aproximou e Alli deu sinal.

“Já te deram as instruções?”

“Já sim.”

“Depois o Sr. Volta pra receber, okay?”

“Okay.”

Elas se despediram de mim e eu entrei no taxi. No caminho perguntei aonde íamos, mas ele não me respondeu. Paramos em frente a um restaurante, o taxista me levou até o garçom que estava na porta, ao lado dos seguranças, e disse “Sabe o que fazer.” Perguntei a ele também, mas fiquei sem resposta, novamente, ele só me levou até uma mesa.

“Espere aqui.”

Sentei e comecei a bater o salto impacientemente. O restaurante estava quase lotado e era muito lindo. Notei que teria música esta noite, pois colocaram um banquinho no meio do palco e dois atrás. O garçom que tinha me trazido até a mesa veio até mim.

“Quer beber algo?”

“Não, obrigada. Só quero saber o que ta acontecendo.”

“Espera só mais alguns minutinhos.”

Suspirei. “Okay...”

~POV Cody Simpson~

O nervosismo tomou conta e eu andava de um lado pro outro, os dois que iam tocar comigo estavam ficando nervosos com meu nervosismo.

“Calma cara, ficar nervoso não vai te ajudar a cantar lá, só vai atrapalhar.”

“Mas eu não sei a reação dela qual vai ser e nunca cantei em público.” Me sentei.

“Essa é a melhor parte, não saber a reação dela. Já quanto a nunca ter cantado você vai tirar de letra.”

“Tomara que sim.”

O garçom com quem eu tinha combinado tudo entrou na pequena sala. “Eu não to dando conta mais, ela quer saber de qualquer jeito.”

“A gente já vai entrar no palco, diz pra ela esperar mais cinco minutos.” Um dos caras disse.

“Okay, mas ta difícil.” Riu e saiu.

“Vamos passar pela última vez e entramos, pode ser?” Sugeri.

“Como quiser.”

Passamos a música pela última vez e nos preparamos para entrar. Os dois entraram primeiro.

~POV Manuela Albuquerque~

O garçom tinha me pedido mais 5 minutos e disse que logo minha ansiedade passaria. Procurei algo pra me distrair, mas as meninas tinham pegado meu celular. Dois caras subiram no palco, ambos com um violão cada, deixaram os violões de lado e colocaram dois microfones no palco, um pro banco da frente e um pro de trás. Logo os dois se acomodaram nos bancos de trás.

“Hoje nós vamos fazer algo diferente, como nunca havíamos feito, então esperamos que gostem. Vamos receber o cara que vai cantar pra vocês, ou em especial pra uma pessoa.”

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Começaram os acordes de uma música lenta e lágrimas inundaram meus olhos quando o Cody entrou com o violão, claro como eu não tinha pensado que tinha o dedo dele no meio dessa espera toda... Ele sorriu pra mim e se sentou no primeiro banco.

“Se você precisar chorar, eu vou enxugar suas lágrimas direito de seus olhos.”

A noite passada veio na memória e todos os momentos com ele, consequentemente, também vieram. Nunca ninguém tinha cantado pra mim e a voz dele era tão doce...

“Oh sim, eu vou. Posso ser seu cavalheiro? Eu vou ser o mais gentil que eu puder. Menina, o que seria necessário para ser seu cavalheiro?” Ele colocou o violão de lado e se levantou com o microfone na mão. Seu olhar se fixou ao meu por segundos, ele desceu do palco e estendeu a mão pra eu levantar da cadeira. “Eu quero ser aquele que você abraça quando o mundo é apenas demais. Oh, o que você diz? Eu quero ser aquele que você confia, eu vou manter os segredos entre nós. Oh, o que você diz?” Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e secou algumas lágrimas que estavam escorrendo por ele com o polegar. “Menina, o que seria necessário para ser seu cavalheiro? Eu juro que serei o homem mais sortudo, se eu puder ser seu cavalheiro.” Cody me pegou pela mão e me levou até o palco, virou de frente pra mim e, olhando em meus olhos, sorriu. Eu estava totalmente sem reação, não conseguia mover um músculo se quer do meu corpo. Era tudo tão mágico, como em um sonho, parecia que a qualquer momento eu poderia acordar... Despertei de meus pensamentos e levei uma de minhas mãos em seu rosto, ele estava um pouco emocionado também, e uma lágrima escorreu. “Então diga-me baby, possivelmente, que você pode me considerar. Apenas diga que você vai. Eu te amo humildemente. Eu só rezo para que você acredite, que eu poderia ser o seu cavalheiro.”

Os caras que estavam tocando com ele fizeram o final da música, ele colocou o microfone de lado, acariciou meu rosto e me beijou. Terminamos o beijo com alguns selinhos e colamos nossas testas, abrindo um sorriso em seguida.

“Eu te amo Manu.”

“Eu também te amo Cody.”

Todos do restaurante começaram a aplaudir e eu fiquei corada.

“Muito obrigada pela atenção de todos vocês, como já perceberam, a música é pra ela.” Olhou pra mim. “E eu fiz ela em um momento difícil pra nós... Mas vocês não precisam saber disso.” Sorriu e virou pra mim. “Manuela Albuquerque, posso ser seu cavalheiro?” Ele tirou uma caixinha do bolso com duas alianças assim:

~POV Cody Simpson~

Com meu pedido ela levou as mãos à boca e em seguida olhou em volta.

“Quer me responder na mesa?”  

Ela assentiu. Agradeci as caras da dupla e fui pra mesa com ela.

“Nossa Cody! Eu nunca ia imaginar isso.”

Ri. “Foi tão ruim assim?”

“Não, pelo contrário, foi lindo.” Ela abriu um sorriso lindo.

“Mas ainda não me respondeu... Volta comigo?”

“Mas Cody...”

“Ah, okay... Eu me esqueci de explicar a história toda, vamos lá. A Hailey não vai mais atrapalhar a gente com ‘uma nova família’ porque ela não ta grávida.”

“Como assim? Ela perdeu o bebê?”

“Não princesa, ela inventou tudo isso pra me separar de você.” Suspirei. “E meu maior erro foi ter acreditado sem provas.”

“Príncipe, você não errou em nada, agiu como um perfeito cavalheiro. Poucos caras iriam fazer como você fez.”

“Eu fui idiota Manu, nós poderíamos ter ficados juntos até agora.” Passei uma das mãos pelo cabelo.

“Para com isso, não ficamos juntos, mas o sentimento permaneceu, ou não?”

“Claro que sim.”

“Então pronto meu amor.” Levou uma das mãos até meu rosto.

“Quer dizer que volta comigo?”

“Tem como dizer que não?” Me deu um selinho.

“Eu te amo princesa, te amo muito!”

“Eu também te amo muito príncipe, meu príncipe.” Sorriu.

“SÓ seu!” Pausei e peguei a caixinha novamente. “E eu quero que todos saibam que nós estamos comprometidos. Não se importa em usar, não é?”

“Não meu amor, vai ser ótimo aquelas piriguetes olharem pro seu dedo e verem que você tem uma namorada.”

“Falando nisso, o Jake me falou dos garotos te olhando no shopping.”

“Relaxa, ele cuidou bem de mim.” Riu.

Dei um selinho nela e coloquei a aliança em seu dedo, dando um beijo em seguida. Ela fez o mesmo. “Agora sim, vai ser pra eternidade.”

“Nada, nem ninguém, vai separar a gente. Promete?” Entrelaçou nossos dedos.

“Lógico que prometo.”

Jantamos lá, quer dizer, mais nos beijamos do que jantamos, mas deu pra matar pelo menos 10% da saudade... Voltamos pra minha casa no meu carro, mas antes de descermos ficamos conversando um pouco.

“Cody, aquela música foi tão linda, sério. E eu não disse lá, mas sua voz cantando é linda.”

“Obrigado princesa, quanto à música, ficou linda porque eu tava pensando em você.”

“Ai meu Deus! Que namorado lindo!” Me deu um selinho demorado.

“Faz uma coisa pro seu namorado lindo, então?”

“O que, namorado lindo?”

“Dorme aqui em casa hoje?” Fiz uma cara de cão sem dono.

“Pra?” Ela riu.

“Pra dormir.”

“Sei o dormir...”

“Okay, fica mais um pouco comigo pelo menos? To com saudades amor.”

“Impossível não aceitar.” Riu. “O povo ainda ta aqui?”

“Acho que não.”

“Vamos ter que contar toda a história pra eles amanhã.”

“Com certeza vamos. Eles me ajudaram muito.”

“E eu quase matei eles, amor.”

“Eles vão entender, vamos lá?”

“Vamos.”

Descemos do carro e entramos em casa, Alli, Jake, Tom e meus pais estavam vendo um filme na sala, quer dizer, estavam quase dormindo, mas acordaram quando a gente entrou.

“Aeeeeeee! Eles chegaram! E pelo visto voltaram, to certo broh?”

“Ta certo broh!” Abracei ela por trás e ela colocou as mãos em cima das minhas.

“Alianças filho?”

“É mãe, resolvi que deveria usar aliança de compromisso com a Manu.” Ela beijou meu rosto.

“Assim as meninas ficam longe dele.”

“E os meninos dela.”

“Já vão subir ou vão ficar um pouquinho com a gente?”

A Manu corou.

“Pai!”

“Desculpa futura Srta. Simpson.”

“O papai ta certo, vão subir ou passar um tempinho com a família e o Jake?”

“Ei! Eu sou quase da família!”

“Não, você não é.”

“Sou.”

“Não é.”

“Sou.”

“Não.”

“Pelo visto vocês dois que vão subir logo né?” Eu disse e meu pai me olhou com repreensão.

“Eles não vão subir, né filhinha?”

“É pai, esse Cody que vê malicia em tudo.”

“Não é malicia amiga, é amor.” Me levou até o sofá vazio.

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