Poppy, com apenas 6 aninhos, já tentava falar sobre tudo da
vida do irmão. Olhei pro Jake e ele estava sorrindo com o que ela disse.
“Sério?”
“É, você é a única que ele me fala as coisas que acontecem.”
“Poppy!” Ele corou.
Eu dei uma leve risada, mas não consegui dizer nada.
“Vou dormir um pouco, Jay.” Poppy deixou sua pequena
mochila no sofá e subiu as escadas.
“Fala de mim pra ela?”
“É... Ás vezes...”
Abri um sorriso. “Fico feliz por isso.”
Ele levantou os olhos em minha direção. “Mesmo?”
Concordei com a cabeça e ele sentou ao meu lado “Então eu
posso te afirmar que não é só ás vezes. Conto todos meus dias pra ela e na
maior parte das vezes o que conto é mais sobre você do que qualquer outra coisa.”
Beijei ele. “Eu te amo Jake, você não pode imaginar o
quanto.”
“Eu te amo Alli, te amo muito.”
~POV Cody Simpson~
De noite, lá pelas 19h, os avós dela resolveram dar um
passeio e jantarem fora. Eu e Manu decidimos que ficaríamos na casa. Fui pro
banho e quando sai ela foi. Liguei a tv no quarto onde estávamos hospedados,
uma meia hora depois ela saiu do banho, cabelos presos e roupa íntima.
“Wow! Quer matar papai é?”
“Eu? Claro que não.” Ela disse com uma voz um pouco sensual
e sentou ao meu lado. “Se incomoda se eu ficar assim?”
“Acho que não vai ficar assim por muito tempo.”
Nos amamos novamente e em seguida tomamos um outro banho.
Descemos alguns minutos depois, enquanto eu pedi a pizza ela arrumou a mesa da
cozinha, depois veio ao meu lado.
“Pediu, amor?”
“Acabei de pedir.”
Ela sentou com as pernas dobradas e a cabeça no meu ombro.
“Será que já notaram nosso desaparecimento?”
“Acho que talvez ainda não tenham percebido... Nós sempre saímos de noite pra
ir até a praia ou jantar.”
“Nossos pais vão ficar arrasados...”
“Depois eu me entendo com os meus. Tenho certeza que meu
pai vai me apoiar.”
“Não sei príncipe... E se eles acharem que eu sou uma má
influência?”
Coloquei o rosto dela entre as mãos. “Princesa, eu vim
porque eu quis, você não me obrigou a vir. No fundo eles vão saber que se eu
ficasse seria pior, eu ia até o inferno te procurar, se possível.”
Ela deitou com a cabeça no meu colo e eu acariciei seus
cabelos.
“Espero que entendam... O tio Brad e a tia Angie são
importantes pra mim...”
“Eu sei disso e sei que você é pra eles também.”
~POV Alli Simpson~
Jake me deixou em casa às 20h. Entrei e minha mãe estava
indo de um lado pro outro da sala.
“Filha, seu irmão não tava com você e o Jake?”
“Não mãe, ele ainda não chegou?”
“Não e o pior é que o celular dele ta aqui na mesinha.”
Apontou pra mesinha ao lado do sofá.
“Ele deve estar com a Manu.”
“Deve mesmo, vamos até a casa dela comigo?”
“Acho que eles não estão lá... Mas, vamos.”
Fomos até lá e tia Marie também andava de um lado pro
outro... Gabe também parecia nervoso, pois balançava o pé constantemente.
“Achei que eles estavam aqui...” Minha mãe disse.
“Pelo menos eles estão juntos.” Eu disse.
“Você sabe de alguma coisa, filho?”
Ele ficou em silêncio.
“Gabe?”
“Tudo bem, eu sei...”
“Onde os dois estão?”
Os olhos dele marejaram. “A Manu fugiu pra não ir pro
Brasil... Enquanto ela arrumava as coisas na mochila, eu chamei o Cody, que
ainda não tinha saído de casa, e, contra a vontade da Manu, ele acompanhou
ela... Me desculpem, em partes a culpa foi minha.”
Minha mãe começou a chorar juntamente com a tia Marie,
abraçadas. Sentei ao lado do Gabe e o abracei também.
“A culpa não foi sua, pequeno, você fez bem em falar com o
Cody, ele ficaria louco se não soubesse onde ela esta.” Pausei. “Se eles estão
juntos devem estar bem.”
“Espero que sim... Minha irmã não saberia se cuidar
sozinha.”
“Eu sei disso e com o que pode estar acontecendo então...”
“Como assim?”
“Nada, só umas coisas que eu acho, esquece...”
Ele levantou e foi até nossas mães.
“Tia Angie, fui eu que coloquei o Cody nessa, não a Manu...
Ela não teve culpa.”
“Tudo bem, querido...” Minha mãe disse limpando as
lágrimas. “Eu entendo o seu lado, o da Manu e o do Cody... Ele ama a Manu e
nunca deixaria ela ir sozinha.”
“Não vai ficar brava com minha irmã?”
“Claro que não.” Ela abraçou ele.
“E você mãe? Ta brava comigo e com ela?”
“Gabe, eu não sei... Pelo menos sabe onde eles estão?”
“Não...”
Meu pai e tio Albert chegaram algum tempo depois, fomos em
dois carros pra lados opostos do bairro, procuramos em todos os hotéis por onde
passamos, nada. Albert e Marie também não deram sorte. Ao chegarmos liguei pra
todos nossos amigos, mas nenhum deles sabia dos dois.
“To orgulhoso do meu garoto.” Mau pai disse e abriu um
pequeno sorriso.
“Brad, isso não é hora. Os dois podem estar em algum tipo
de perigo.”
“Meu irmão vai voltar?” Tom perguntou com uma voz chorosa.
“Vai sim irmãozinho. Logo, logo.” Beijei o rosto dele.
~POV Manuela
Albuquerque~
Pizza e brigadeiro de panela, ótima opção de jantar.
“Discutimos” quem ia lavar a louça. Eu lavei e ele guardou. Dei um jeito na
cozinha, que após fazermos brigadeiro estava uma grande bagunça. Com a cozinha
já arrumada e a louça lavada fomos até a varanda, sentamos no chão cheio de
almofadas. A noite estava linda, mas com um vento muito frio.
“Ta com frio, mô?” Ele perguntou ao notar que meu braço
estava arrepiado.
“Um pouco. Você não?”
“Não. Quer ver uma coisa que vai esquentar?” Ele levantou e
me esticou a mão.
Levantei. “Tenho medo das suas ideias.”
“Não sei por que, eu sou um cara tão sério.”
“Ao contrário, só se for.”
Ele me pegou no ombro e saiu correndo em direção a piscina.
“Viado! Eu disse que queria me esquentar, não esfriar.” Dei
vários tapas no braço dele.
Ele juntou meus pulsos e fixou os olhos nos meus. “Sabe que
eu amo fazer isso, não é?”
“Não entendo por que.” Ri.
“1° que você fica nervosa e 2° que fica transparente.”
“Hãm?” Perguntei e só depois me toquei do que ele tava
falando. “Tarado!”
“Por você.” Me puxou mais para si e me beijou.
“Ta safado hoje heim?”
“Você quem começou.” Passou a língua pelo lábio.
Beijei ele e o clima começou a esquentar, de novo. O soar
da campainha nos interrompeu. Saí da piscina seguida do Cody resmungando,
peguei a chave na mesinha, olhei pelo canto do portão do jardim, era Will, abri
o portão e ele entrou.
“Oi de novo...” Ele coçou a nuca sem jeito. “Vim trazer as
pilhas que o vô pediu pra eu comprar.”
“Ele não ta, Will... Foi jantar com a vovó.”
“Tudo bem, posso deixá-las lá dentro?”
“Claro.”
Ele levou as pilhas pra dentro e já foi embora. Tranquei o
portão e eu e Cody novamente sentamos na varanda de novo, pra escorrermos a
água.
“Mô, porque ele tem quase o mesmo nome do seu vô?”
“Pelo que eu sei o pai dele homenageou meu avô, mas ninguém
chama ele de Willian, só de Will.”
“Já tinham se visto antes?”
“Não, antes do pai dele morrer, há 3 anos, ele morava em
Mônaco.”
“Entendi, a história dele é tocante, mas ainda não gosto
dele.”
“Ciúmes, sim ou claro?”
“Não é ciúmes, é zelo.”
Beijei o rosto dele. “Ciúmes.”
Algumas horas depois meus avós chegaram, mas meu avô não
parecia bem... Eles logo subiram, com uma rápida despedida. Eu e Cody subimos
em seguida, rolei na cama por um tempo, mas depois consegui dormir. Novamente
tive aquele sonho... Desta vez mais completo. Era um lugar fechado um galpão, eu
acho, desci de um carro e um garoto estava à minha frente, ele usava uma blusa
com capuz, então não dava pra ver quem era... Um cara com uma rouca cobrindo o
rosto nos guiou até dentro do galpão. Havia mais dois caras lá e uma garota
amarrada de costas. Soltaram ela e quando se virou vi que era Alli, ela estava
com vários arranhões. Eles diziam algo que eu não conseguia ouvir, tudo se
apagou e começou a passar como trechos de um filme. Apontaram uma arma pra
minha cabeça; o garoto pulou na minha frente levando o tiro por mim; os caras
me levaram em um carro; outro carro nos seguia e o mesmo capotou em uma curva.
Me sentei na cama em um pulo. Cody acordou assustado.
“Amor, o que aconteceu? Você ta bem?”
“Tudo bem... Não foi nada.”
“Ta passando mal de novo?”
“Não amor, foi só um sonho...”
Ele depositou um beijo no meu rosto. “Sonhos nem sempre
querem dizer que vão se tornar reais.”
“Mas eu já tive esse sonho muitas vezes.”
“Como é?”
“Um garoto leva um tiro por mim, não consigo ver o rosto
dele e agora vi que um carro capota.” Meus olhos marejaram.
Não queria falar pra ele sobre a Alli ter aparecido, sei
que ele ficaria preocupado, assim como eu...
“Calma.” Ele acariciou meu rosto. “Nada disso vai
acontecer.”
“Eu espero que não aconteça nada disso... Se alguém levasse
um tiro por mim eu não me perdoaria...”
“Para com isso, princesa.”
~POV Cody Simpson~
Eram
mais ou menos 4 da manhã quando eu acordei de novo, mas dessa vez com algumas
sirenes. Achei que estavam só de passagem
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Meninas, mil desculpas a demora e também por não ter hot, mas não estou sozinha esses dias... Logo mais nós teremos, prometo! Comentem e eu continuo, xoxo <3 (Tá pequeno porque a Vanessa stá me ignorando e isso stá me deixando triste :´( )