quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Capítulo 62

Poppy, com apenas 6 aninhos, já tentava falar sobre tudo da vida do irmão. Olhei pro Jake e ele estava sorrindo com o que ela disse.

“Sério?”
“É, você é a única que ele me fala as coisas que acontecem.”
“Poppy!” Ele corou.
Eu dei uma leve risada, mas não consegui dizer nada.
“Vou dormir um pouco, Jay.” Poppy deixou sua pequena mochila no sofá e subiu as escadas.

“Fala de mim pra ela?”
“É... Ás vezes...”

Abri um sorriso. “Fico feliz por isso.”
Ele levantou os olhos em minha direção. “Mesmo?”
Concordei com a cabeça e ele sentou ao meu lado “Então eu posso te afirmar que não é só ás vezes. Conto todos meus dias pra ela e na maior parte das vezes o que conto é mais sobre você do que qualquer outra coisa.”
Beijei ele. “Eu te amo Jake, você não pode imaginar o quanto.”
“Eu te amo Alli, te amo muito.”
~POV Cody Simpson~
De noite, lá pelas 19h, os avós dela resolveram dar um passeio e jantarem fora. Eu e Manu decidimos que ficaríamos na casa. Fui pro banho e quando sai ela foi. Liguei a tv no quarto onde estávamos hospedados, uma meia hora depois ela saiu do banho, cabelos presos e roupa íntima.
“Wow! Quer matar papai é?”

“Eu? Claro que não.” Ela disse com uma voz um pouco sensual e sentou ao meu lado. “Se incomoda se eu ficar assim?”
“Acho que não vai ficar assim por muito tempo.”
Nos amamos novamente e em seguida tomamos um outro banho. Descemos alguns minutos depois, enquanto eu pedi a pizza ela arrumou a mesa da cozinha, depois veio ao meu lado.

“Pediu, amor?”
“Acabei de pedir.”

Ela sentou com as pernas dobradas e a cabeça no meu ombro. “Será que já notaram nosso desaparecimento?”
“Acho que talvez ainda não tenham percebido... Nós sempre saímos de noite pra ir até a praia ou jantar.”
“Nossos pais vão ficar arrasados...”
“Depois eu me entendo com os meus. Tenho certeza que meu pai vai me apoiar.”
“Não sei príncipe... E se eles acharem que eu sou uma má influência?”
Coloquei o rosto dela entre as mãos. “Princesa, eu vim porque eu quis, você não me obrigou a vir. No fundo eles vão saber que se eu ficasse seria pior, eu ia até o inferno te procurar, se possível.”
Ela deitou com a cabeça no meu colo e eu acariciei seus cabelos.
“Espero que entendam... O tio Brad e a tia Angie são importantes pra mim...”
“Eu sei disso e sei que você é pra eles também.”
~POV Alli Simpson~
Jake me deixou em casa às 20h. Entrei e minha mãe estava indo de um lado pro outro da sala.
“Filha, seu irmão não tava com você e o Jake?”
“Não mãe, ele ainda não chegou?”
“Não e o pior é que o celular dele ta aqui na mesinha.” Apontou pra mesinha ao lado do sofá.
“Ele deve estar com a Manu.”
“Deve mesmo, vamos até a casa dela comigo?”
“Acho que eles não estão lá... Mas, vamos.”
Fomos até lá e tia Marie também andava de um lado pro outro... Gabe também parecia nervoso, pois balançava o pé constantemente.
“Achei que eles estavam aqui...” Minha mãe disse.
“Pelo menos eles estão juntos.” Eu disse.
“Você sabe de alguma coisa, filho?”
Ele ficou em silêncio.
“Gabe?”
“Tudo bem, eu sei...”
“Onde os dois estão?”
Os olhos dele marejaram. “A Manu fugiu pra não ir pro Brasil... Enquanto ela arrumava as coisas na mochila, eu chamei o Cody, que ainda não tinha saído de casa, e, contra a vontade da Manu, ele acompanhou ela... Me desculpem, em partes a culpa foi minha.”
Minha mãe começou a chorar juntamente com a tia Marie, abraçadas. Sentei ao lado do Gabe e o abracei também.
“A culpa não foi sua, pequeno, você fez bem em falar com o Cody, ele ficaria louco se não soubesse onde ela esta.” Pausei. “Se eles estão juntos devem estar bem.”
“Espero que sim... Minha irmã não saberia se cuidar sozinha.”
“Eu sei disso e com o que pode estar acontecendo então...”
“Como assim?”
“Nada, só umas coisas que eu acho, esquece...”
Ele levantou e foi até nossas mães.
“Tia Angie, fui eu que coloquei o Cody nessa, não a Manu... Ela não teve culpa.”
“Tudo bem, querido...” Minha mãe disse limpando as lágrimas. “Eu entendo o seu lado, o da Manu e o do Cody... Ele ama a Manu e nunca deixaria ela ir sozinha.”
“Não vai ficar brava com minha irmã?”
“Claro que não.” Ela abraçou ele.
“E você mãe? Ta brava comigo e com ela?”
“Gabe, eu não sei... Pelo menos sabe onde eles estão?”
“Não...”
Meu pai e tio Albert chegaram algum tempo depois, fomos em dois carros pra lados opostos do bairro, procuramos em todos os hotéis por onde passamos, nada. Albert e Marie também não deram sorte. Ao chegarmos liguei pra todos nossos amigos, mas nenhum deles sabia dos dois.
“To orgulhoso do meu garoto.” Mau pai disse e abriu um pequeno sorriso.
“Brad, isso não é hora. Os dois podem estar em algum tipo de perigo.”
“Meu irmão vai voltar?” Tom perguntou com uma voz chorosa.
“Vai sim irmãozinho. Logo, logo.” Beijei o rosto dele.
~POV Manuela Albuquerque~
Pizza e brigadeiro de panela, ótima opção de jantar. “Discutimos” quem ia lavar a louça. Eu lavei e ele guardou. Dei um jeito na cozinha, que após fazermos brigadeiro estava uma grande bagunça. Com a cozinha já arrumada e a louça lavada fomos até a varanda, sentamos no chão cheio de almofadas. A noite estava linda, mas com um vento muito frio.
“Ta com frio, mô?” Ele perguntou ao notar que meu braço estava arrepiado.
“Um pouco. Você não?”
“Não. Quer ver uma coisa que vai esquentar?” Ele levantou e me esticou a mão.
Levantei. “Tenho medo das suas ideias.”
“Não sei por que, eu sou um cara tão sério.”
“Ao contrário, só se for.”
Ele me pegou no ombro e saiu correndo em direção a piscina.
“Viado! Eu disse que queria me esquentar, não esfriar.” Dei vários tapas no braço dele.
Ele juntou meus pulsos e fixou os olhos nos meus. “Sabe que eu amo fazer isso, não é?”
“Não entendo por que.” Ri.
“1° que você fica nervosa e 2° que fica transparente.”
“Hãm?” Perguntei e só depois me toquei do que ele tava falando. “Tarado!”
“Por você.” Me puxou mais para si e me beijou.
“Ta safado hoje heim?”
“Você quem começou.” Passou a língua pelo lábio.
Beijei ele e o clima começou a esquentar, de novo. O soar da campainha nos interrompeu. Saí da piscina seguida do Cody resmungando, peguei a chave na mesinha, olhei pelo canto do portão do jardim, era Will, abri o portão e ele entrou.
“Oi de novo...” Ele coçou a nuca sem jeito. “Vim trazer as pilhas que o vô pediu pra eu comprar.”
“Ele não ta, Will... Foi jantar com a vovó.”
“Tudo bem, posso deixá-las lá dentro?”
“Claro.”
Ele levou as pilhas pra dentro e já foi embora. Tranquei o portão e eu e Cody novamente sentamos na varanda de novo, pra escorrermos a água.
“Mô, porque ele tem quase o mesmo nome do seu vô?”
“Pelo que eu sei o pai dele homenageou meu avô, mas ninguém chama ele de Willian, só de Will.”
“Já tinham se visto antes?”
“Não, antes do pai dele morrer, há 3 anos, ele morava em Mônaco.”
“Entendi, a história dele é tocante, mas ainda não gosto dele.”
“Ciúmes, sim ou claro?”
“Não é ciúmes, é zelo.”
Beijei o rosto dele. “Ciúmes.”
Algumas horas depois meus avós chegaram, mas meu avô não parecia bem... Eles logo subiram, com uma rápida despedida. Eu e Cody subimos em seguida, rolei na cama por um tempo, mas depois consegui dormir. Novamente tive aquele sonho... Desta vez mais completo. Era um lugar fechado um galpão, eu acho, desci de um carro e um garoto estava à minha frente, ele usava uma blusa com capuz, então não dava pra ver quem era... Um cara com uma rouca cobrindo o rosto nos guiou até dentro do galpão. Havia mais dois caras lá e uma garota amarrada de costas. Soltaram ela e quando se virou vi que era Alli, ela estava com vários arranhões. Eles diziam algo que eu não conseguia ouvir, tudo se apagou e começou a passar como trechos de um filme. Apontaram uma arma pra minha cabeça; o garoto pulou na minha frente levando o tiro por mim; os caras me levaram em um carro; outro carro nos seguia e o mesmo capotou em uma curva.
Me sentei na cama em um pulo. Cody acordou assustado.
“Amor, o que aconteceu? Você ta bem?”
“Tudo bem... Não foi nada.”
“Ta passando mal de novo?”
“Não amor, foi só um sonho...”
Ele depositou um beijo no meu rosto. “Sonhos nem sempre querem dizer que vão se tornar reais.”
“Mas eu já tive esse sonho muitas vezes.”
“Como é?”
“Um garoto leva um tiro por mim, não consigo ver o rosto dele e agora vi que um carro capota.” Meus olhos marejaram.
Não queria falar pra ele sobre a Alli ter aparecido, sei que ele ficaria preocupado, assim como eu...
“Calma.” Ele acariciou meu rosto. “Nada disso vai acontecer.”
“Eu espero que não aconteça nada disso... Se alguém levasse um tiro por mim eu não me perdoaria...”
“Para com isso, princesa.”
~POV Cody Simpson~
Eram mais ou menos 4 da manhã quando eu acordei de novo, mas dessa vez com algumas sirenes. Achei que estavam só de passagem

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Meninas, mil desculpas a demora e também por não ter hot, mas não estou sozinha esses dias... Logo mais nós teremos, prometo! Comentem e eu continuo, xoxo <3 (Tá pequeno porque a Vanessa stá me ignorando e isso stá me deixando triste :´( )

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Capítulo 61

“Mas o juiz não vai levar isso em conta...”
“A decisão só sai amanhã, não vamos ficar assim de véspera. Não sabemos qual a decisão dele.” Ela virou meu rosto em direção ao dela novamente. “Não fica assim, me dói te ver desse jeito.”
Ela me abraçou e em seguida entramos de mãos dadas.
“Achei que tivesse ido embora, Codes.” Alli pausou. “O que seria estranho.”
“Já eu achei que a chuva tivesse te levado.” Jake riu.
“Deixem ele quieto.”
[...] Na hora dormirmos cada um foi pra sua casa. Não preguei o olho boa parte da noite, só umas 3h00. Ás 08h30 já estava de banho tomado e trocado. Uma calça jeans escura e camisa azul clara. Comi algo com minha mãe e Alli, que estava com uma roupa assim:

Jake chegou instantes depois. Logo fomos para a casa da Manu. 
Roupa dela:

A cumprimentei com um selinho. Gabe foi pra minha casa, ou não caberiam todos no carro. Ao invés do carro da família, fomos no da Manu, que era um pouco mais largo. Albert dirigia, Marie estava no banco do passageiro, eu estava atrás com Manu no meu colo e Jake fazia o mesmo com Alli. Chegamos faltavam mais ou menos 15 minutos e entramos numa sala com uma enorme e comprida mesa ao centro.
“Ta nervosa, princesa?”
“Muito, quero que acabe logo.”
Alguns minutos após chegarmos, os pais biológicos dela chegaram.
“Trouxeram platéia?” Fernando perguntou com tom irônico.
“Não somos platéia, viemos apenas dar uma força pra Manu.” Alli disse calmamente.
“Isso é coisa familiar.”
“Então não sei por que estão aqui.” Manu disse e revirou os olhos.
“Eu estou comprometido com a Manu, Alli é cunhada dela e Jake, sendo namorado da Alli, também é cunhado dela. Somos praticamente da família.” Sorri irônico.
“Disse tudo amor.” Ela me deu um selinho.
9h30 em ponto. O juiz entra com alguns homens e todos se sentam.
“Bom dia.”
“Bom dia...”
“Espero que sejamos breves.” Pegou alguns papéis dentro de sua pasta. “Devidos aos anos longe de Manuela, sem nenhum interesse nela, não seria justo com o Sr. e a Sra. Albuquerque, nem mesmo com a garota, darmos a guarda compartilhada. Então, a guarda continua sendo somente dos Albuquerque.”
Manu apertou minha mão com um sorriso nos lábios e eu beijei seu rosto.
“Porém, o Sr. e a Sra. Lima terão direito de vê-la quando quiserem, podendo levá-la até para passar alguns dias com eles, com consentimento de Manuela e seus pais.” Guardou os papéis e pegou uns outros com uma caneta. “Assinem todos eles.”
O silêncio dominou a sala, todos eles assinaram os papéis. Ao fim, Luiza cochichou com o juiz por um bom tempo.
“A pedido da Sra. Lima, se estiverem de acordo, ela pede que Manuela vá passar um pequeno tempo no Brasil com eles.”
“Não mesmo!” Manu disse.
“Por um pequeno tempo tudo bem...”
“Pai, não!”
“A sessão está encerrada.”
~POV Manuela Albuquerque~
1 mês se passou... Já estávamos em aulas no cursinho, eu e Cody nunca estivemos tão bem. Mas uma coisa estava me preocupando, há uma semana o filho de Luiza havia nascido e no dia anterior eles me disseram que em dois dias estaríamos no Brasil, ou seja, amanhã. Agora eram 7h40, o cursinho começava as 8h00, mas eu não iria pra lá. Meus pais já tinham ido pro trabalho e Gabe, eu achava, que já tinha ido também. Mas, ele entrou no quarto, me fazendo parar de arrumar as mochilas.
“O que você ta fazendo?” Ele arregalou os olhos.
“Nada...”
“Porque ta arrumando essas mochilas?”

Não respondi.
“Com toda a certeza, não é pra ir pro Brasil.” Ele fez uma longa pausa. “Você ta fugindo?”
Suspirei. “Okay Gabe, eu to fugindo...”
“Sozinha?”
“Sim, sozinha.”
Ele não disse mais nada e saiu do quarto. Voltei a arrumar minhas coisas. Prendi o cabelo de qualquer jeito e troquei de roupa: 

Deixei o celular em cima da cama, para não me acharem, o único eletrônico que peguei foi meu Ipod. Gabe estava sentado no fim da escada, ele me olhou e sorriu. Sentei ao lado dele, em silêncio por algum tempo.
“Vai com Deus, irmã.” Ele me abraçou.
“Fique com ele também, meu anjo.”
“Você volta?”
“Claro, é só por alguns dias.”
“Tudo bem... Sentirei saudades.” Notei seus olhos marejados e os meus ficaram no mesmo estado.

“Eu também, muitas saudades.” Beijei o rosto dele. “Cuida de todos por mim? E do Cody?”
“Acho que dele eu não vou precisar.”
“Como assim?”
Ele apontou com a cabeça pra porta e fez sinal para que eu fosse. Levantei e abri a porta, ele estava sentado de lado com uma enorme mochila nas costas.
“Cody, o que faz aqui?”
Ele ignorou minha pergunta e levantou. “Pronta?”

“Como você... Gabe!”
Gabe apareceu atrás de mim. “Oi?”
“Porque chamou o Cody?”
“Pra cuidar de você.”
Me virei pro Cody novamente. “Eu vou sozinha Cody, você tem que ficar com sua família.”
“Eles vão ficar bem. Não vou te deixar ir sozinha.”
~POV Cody Simpson~
Depois de algum tempo insistindo nos despedimos de Gabe e fomos de taxi até uma rodoviária velha, onde não se pedia nem RG para comprarmos passagens.
“Pra onde vamos, mô?”
Ela suspirou. “Eu não sei amor... Tava pensando em irmos pra casa dos meus avós.”
“Onde é?”
“Mais ou menos há 70km daqui.” Pausou. “Mas se eles não quiserem ajudar teremos que ir pra algum hotelzinho de algum lugar...”
Compramos as passagens no guichê pra uma cidade que eu esqueci o nome... O ônibus sairia em 15 minutos, mas a entrada já estava aberta, sentamos nos primeiros bancos. Colocamos as mochilas no canto e ela deitou a cabeça no meu ombro.
Acariciei seu rosto. “Ta pronta mesmo, princesa?”
“É melhor do que ir pro Brasil...”
Beijei a testa dela. A viagem foi um pouco longa, ela dormiu com a cabeça no meu colo e eu com a minha encostada no banco. Chegamos por lá já eram quase 10h40.
“Mô, chegamos.”
“Já?” Ela perguntou sonolenta.
Levantei e peguei as mochilas. A minha nas costas e as dela na mão.
“Deixa que eu levo as minhas.” Ela levantou.
“Não. Eu sou um cavalheiro, lembra?”
Ela riu e assentiu com a cabeça. Descemos do ônibus e pegamos outro taxi, mais uns 5km percorridos até nosso destino, um vilarejo com vários sobrados.
“Mais de 6 anos e nada aqui mudou.” Ela sorriu ao descermos do taxi.
“Já fazem 6 anos que não vê eles?”
“É... Só nos falamos pelo telefone, quase sempre.” Suspirou. “Espero que me ajudem...”
Quando ela tomou coragem tocamos a campainha, depois de dois toques um homem, que aparentava ter 20 anos, abriu a porta.

“Posso ajudar?”
Ela pensou um pouco e por fim disse. “Will, certo?”

“Certo, já te conheço?”
“Não, mas temos o mesmo avô.” Ela riu.
“Sério? Entrem.” Abriu um espaço para nós.
Entramos e ele fechou a porta.
“Você é a menininha da foto da parede?” Apontou e ela assentiu. “Que mudança heim priminha?” Olhou ela de cima em baixo.
É, eu não deveria ter deixado ela vir sozinha.
“É... O vovô e a vovó estão?”
“Na varanda.”
“Vem amor.” Ela foi percorrendo a casa me guiando pela mão.
Will nos seguiu até a varanda.
“Meu Deus! Não acredito!” A senhora, provavelmente vó dela, disse, fazendo o vô dela olhar em nossa direção também.
“Vovô, vovó!” Ela correu pra eles feito uma garotinha, e eu não contive o sorriso. Após abraçá-los ela me chamou com a mão.
“Vó, vô, esse é o Cody, meu namorado. Amor, esses são Charlotte e Willian, meus avós.”
“Muito prazer.” Cumprimentei os com um aperto de mão.
“O prazer é nosso.” Eles disseram, ambos com um sorriso no rosto.
“Onde estão seus pais, princesinha?” Willian perguntou.
Ela respirou fundo. “Preciso falar com vocês...”
“Eu vou pra casa. Fecha pra mim, Charlotte?” Will disse.
“Claro. Vamos até a sala, vou assar biscoitos pra vocês.”
Will foi embora, Charlotte colocou alguns biscoitos no forno e nós sentamos na sala.
“Pode falar, querida.”
“Então... Sabem meus pais biológicos? Eles estão em Gold Coast e agora têm direitos sobre mim... Dente eles, querem me levar ao Brasil amanhã, não quero ir, então vim pra cá.”
“Seus pais sabem?”
“Não, e eu queria contar com vocês pra me livrar dos meus pais biológicos, pelo menos por um tempo, deixando a gente ficar aqui.” Pausou. “Posso contar com vocês?”
Os dois ficaram em silêncio por um tempo e ela me olhou temendo a resposta.
“Tudo bem, não contaremos nada pra Marie e pro Albert.”
“Obrigada! Não vai ser por muito tempo, prometo.” Ela abraçou os dois.
“Podem ficar o tempo necessário.”
Fomos até a cozinha após deixarmos as coisas no quarto de hospedes. Comemos biscoitos e sentamos para conversar.
“Tem quanto tempo que estão juntos?”
“Quase 4 meses e meio.” Respondi.
“Foi logo que a Manu chegou então?”
“Longa história, mas foi sim.” Manu disse e me abraçou de lado.
~POV Alli Simpson~
12h. Acabei de sair, esperando o Cody pra ir pra casa. Todos do cursinho começaram a sair, avistei Jake e o esperei chegar até mim.
Dei um selinho nele. “Oi amor.”
“Oi amor.” Retribuiu o selinho.
Babi e Cambo se aproximaram seguido de Chris e Madd, que me abandonou na sala pra encontrar ele. Os cumprimentei.
“Gente, cadê meu irmão e minha cunhada?”
“Iiiih amor, eles devem ter matado aula.”
“Então eles já devem estar em casa...”
Tom saiu da aula também, que era na outra entrada do colégio.
“O Gabe não vai com a gente?”
“Não irmã, ele não veio.”
“Estranho...” Pausei. “Vamos pessoal?”
Eu, Jake e Tom fomos pra um lado e os outros pro lado de suas casas. Vi que Cody não estava e na casa da Manu ninguém abriu, como eu ia pra casa do Jake, levei ele até o clube em que minha mãe trabalha. Almocei com Jake na casa dele, estudamos um pouco matemática, que eu estava com dúvida. Trocamos beijos durante a tarde toda, demos um tempo pra buscarmos a irmãzinha dele. 15h quando chegamos.
“Poppy, já almoçou?”
“Já, Jay (Diei)”
Eu achava muito fofo ela chamando o Jake de Jay, mas ele não gostava, não sei o porquê.
“Alli, você e o Jay estão namorando tem bastante tempo?”
“Um mês, porque Poppy?”
“Eu gosto de você com ele.” Ela sorriu.
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Desculpem a demora... De fim de semana é muito corrido pra mim escrever :/ Espero que tenha ficado bom... O que acham que vai dar essa fuga? Comentem e eu continuo. xoxo <3

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Capítulo 60

“O que ela disse no telefone, mãe?”
“Primeiro para de andar de um lado pro outro filho, ta me deixando tonta. Ela desceu falando no telefone e só me disse pra te avisar que ia pra casa.”
“E se tiver acontecido alguma coisa?”
Alli e Jake desceram seguidos do meu pai e do Tom.
“Que foi Codes? Porque ta indo de lá pra cá?”

“E onde ta a Manu?”
“Vocês brigaram?”
“Calma gente, não brigamos. Eu só to preocupado com ela.”
“Porque?”
“Porque ela não ta em casa.”
“Você é muito grudento, Codes.”
“É broh, deixa a menina respirar.”
“Vocês não estão me entendo.”
“Ela recebeu uma ligação antes de ir e não atende o celular, por isso ele ta preocupado.” Minha mãe explicou.
“Obrigada mãe.”
~POV Manuela Albuquerque~
Apenas algumas horas depois conseguimos sair do tribunal e com algumas péssimas notícias... Entramos no carro em silêncio e foi assim até em casa. Meus óculos de sol escondiam as lágrimas que estavam escorrendo. Quando chegamos subi direto pro quarto e me tranquei lá. Chorei por algum tempo e quando já estava morta de dor de cabeça meu celular tocou, fazendo minha cabeça latejar. Vi no visor que era da casa do Cody.
~Ligação Onn~
“Até que em fim princesa, você ta bem?”
“Não Cody, não to bem...”
“O que aconteceu? Me diz onde você ta que eu vou pra aí.”
“Em casa.”
“To indo pra aí.”
~Ligação Off~
Estiquei o braço e coloquei o celular na mesinha, depois disso não mexi sequer um músculo. Apenas quando ele chegou que eu levantei pra destrancar a porta e me deitei novamente. Ele entrou com Alli e Jake que tinham um semblante preocupado similar ao dele.  Os três sentaram na cama ao meu lado e Cody acariciou meu cabelo.
“O que aconteceu, princesa?”
“E-eu estou correndo...” Funguei e tomei fôlego pra continuar. “...risco de ir pro Brasil.”
Os três paralisaram em choque.
Alli se ajoelhou a meu lado. “Não cunhada! Você não vai ir, nós não vamos deixar que isso aconteça. Não é, meninos? Você não vai deixar ela ir não é mesmo, Cody?” Ela disse com uma voz chorosa.
“Eu já disse isso antes e vou repetir, eu não vou ficar sem você, nem que a gente tenha que fugir.” Ele entrelaçou sua mão na minha.
“Eu também não vou deixar minha baixinha ir embora. Vou ajudar em tudo, tudo mesmo.”
“Mas cunhada, como você sabe que pode ir?”
Limpei as lágrimas e tomei ar pra me recompor. Sentei na cama e comecei a explicar. “Estávamos com um juiz até agora.” Eles me olharam atentos e não disseram nada, talvez pra eu continuar. “Eles contaram, ou inventaram, uma história pro juiz e ele vai decidir se terão guarda compartilhada ou direitos sobre mim.”
“Se eles conseguirem guarda compartilhada o que acontece?” Jake perguntou.
“Vai ser algo do tipo eles decidem quanto tempo passo com cada família.”
“E a outra opção, amor?”
“Na outra eles poderão fazer programas familiares, me levarem pra viagens, passar tempo com eles e outras coisas.”
“A gente vai te tirar dessa, baixinha.”
“Vamos te sequestrar e só devolvemos quando eles desistirem.” Alli tentou me fazer rir.
“Quando vai sair a decisão?”
“Em 2 dias.”
Cody me abraçou de lado e beijou o canto da minha testa. “Vai dar certo princesa, você vai ver.”
“Espero que sim, amor.”
“Agora limpa esse rostinho e vamos sair, cunhada.”
“Porque não vamos tomar o sorvete de ontem?”
“Não to a fim de nada...”
“Vamos sim, vai ser bom você se distrair.”
“Okay...” Me rendi ou eles insistiram mais ainda.
Peguei uma roupa mais fresca e fui até o banheiro colocá-la. Já davam umas 11h quando saímos, meus pais e Gabe não estavam em casa. Fomos até a sorveteria no final da rua de baixo, montamos nossos sorvetes e seguimos pra uma praçinha que ficava ao lado. Andamos até os bancos esmagando algumas folhas secas do chão. Sentamos em dois bancos Alli e Jake em um e eu e Cody no de frente. O dia estava quente, porém agradável. Tomei algumas colheradas do meu sorvete e olhei em volta, ao longe, notei que Hailey estava andando de bicicleta com algumas amigas, suponho que ela não tenha nos visto.
“Mô, o que você ta vendo?”
“Pessoas que eu não desejava.”
“Hailey ou Harry?” Alli perguntou.
“Hailey.”
“Deixa ela pra lá.”
“É verdade amiga, você já laçou o gato.” Jake disse com uma voz gay que me fez rir.
“Sou muito foda, consegui fazer ela rir.”
“Awwwn, como meu amor é lindo.” Alli beijou a bochecha do Jake.
Sentei de lado com meus joelhos dobrados sobre o banco, Cody passou uma perna pra cada lado do banco e me puxou um pouco para si, me apoiando. Em seguida ele me deu um selinho, seus lábios estavam com sorvete.

“Selinho de chocolate aprovado?”
“Hmmmmm... Aprovado!”
Acabando os sorvetes fomos andar um pouco, sem rumo, só queríamos andar e conversar um pouco, sem nenhum lugar específico pra chegar. Alli estava andando abraçada com Jake e eu estava fazendo o mesmo com Cody. Depois de bastante tempo caminhado estava completamente perdida, nunca tinha vindo até essas ruas de Gold Coast desde que cheguei. Já tinha esquecido o assunto com o juiz nesse tempo, pelo menos eu estava tentando não lembrar... As ruas estavam ficando mais largas conforme íamos passando de uma pra outra, as enormes mansões davam lugar a pequenas casas, que de tão coladas eram como vilarejos, mas eram lindas. Pareciam casinhas de filmes e desenhos infantis.
“Onde estamos?” Eu e Alli perguntamos ao mesmo tempo.
“Na docelândia.”

“É sério amor, onde a gente ta?”
“Falei sério também, tem uma loja enorme de doces, chamada docelândia, ali em frente.” Ele apontou para em meio às arvores.
“Eu e o Cody vínhamos pedir doces aqui no dia das bruxas.”
“Por isso não deixavam eu e as meninas virmos?”
Cody riu. “Era por isso mesmo.”
Andamos mais alguns metros até a loja de doces, tudo em volta dela e nela era colorido, as árvores eram cerejeiras e pareciam algodão-doce, já que estava em tempo delas ficarem sem frutos. Alli tirou uma foto da entrada e postou no twitter com a seguinte legenda: “Estou com @ManuAbq @CodySimpson e @JakeThrupp em frente ao paraíso dos doces *-* #Happy”, também tiramos outras fotos dentro da loja e logo elas estavam no twitter. Acho que compramos mais doces que deveríamos, cada um estava com uma sacola e Alli tava levando uma pro Tom e eu uma pro Gabe. Depois da longa caminhada de volta fomos até minha casa, eles disseram que ficariam comigo o dia todo. Gabe veio correndo me abraçar.
“Eu achei que você tinha sumido, irmã.”
“Sem avisar você? Nunca, irmão.” Peguei a sacola que tinha trazido pra ele e entreguei. “Trouxe pra você.”
Ele abriu a sacola e se surpreendeu com o tanto de doces. “Quantos doces, Obrigado!” Me abraçou de novo. “É tudo isso pra mim?”
“Aham, tudinho.”
Meus pais vieram da cozinha. “Oi filha, Alli, Cody e Jake.”
“Oi mãe e pai.”
“Oi tio e tia.”
“Querem almoçar?” Minha mãe perguntou.
Concordamos. Cada um fez seu prato e sentou. Nenhum assunto foi mencionado durante o almoço, o único som que podia ser ouvido era o dos talheres batendo no prato, nada além disso. Depois da sobremesa o silêncio continuou, mas desta vez foi interrompido pelo telefone. Me levantei pra atender.
~Ligação Onn~
“Alô?”
“Filha? É a mamãe.”
“Acho que ligou errado, minha mãe ta na cozinha.”
“Manuela, é a Luiza, sua mãe.”
“Como eu já disse, minha mãe ta na cozinha... O que você quer?”
“Avisar que eu consegui marcar a resposta do juiz pra amanhã às 9h30, é o primeiro horário dele.”
“Ótimo, assim eu me livro logo de vocês.”
“Pelo contrário filha, logo você vai estar no Brasil com a gente e seus irmãos.” Fez uma pausa rápida. “Só que teremos que esperar seu irmãozinho nascer, que é daqui 2 meses.”
“Não Luiza, não! Entende de uma vez por todas que eu não vou mudar com vocês. Meus amigos estão aqui, meu namorado e meus pais, meu lugar é na Austrália agora! Tchau.”
~Ligação Off~
Respirei fundo e me sentei no sofá um pouco tonta.
~POV Cody Simpson~
Marie foi em direção a sala e logo todos nós estávamos lá. Ela sentou de um lado da Manu e eu do outro.
“O que a Luiza queria, filha?” Albert perguntou.
“Ela mudou a data da decisão do juiz pra amanhã às 9h30.”
“E ela disse mais alguma coisa?”
“Veio com o papo de me levar pro Brasil e blábláblá”
“Tio e tia, nós podemos ir junto ao tribunal? Dar uma força...” Jake perguntou.
“Acho que tudo bem, não é querido?”
“Tudo bem, mas vou avisando que é bem chato.”
“Não tem problema, só vamos dar uma força pra Manu e pra vocês.” A abracei.
“Tem certeza que querem fazer isso por mim?” Ela perguntou e em seguida encostou a cabeça no meu ombro.
“Claro que sim!” Respondemos em coro.
“Obrigada.” Manu sorriu e nos abraçou em grupo.
“Mãe, tem remédio pra dor de cabeça, tontura ou algum remédio aí?”
“Serve pra dor de cabeça, querida?”
“Serve.”
“Pega pra sua irmã, Gabe?”
“Vou pegar.” Ele se levantou e foi pra cozinha.
Manu tomou o remédio e nós fomos pros fundos. Sentamos na grama do jardim e comemos um pouco dos doces. O tempo começou a mudar, as nuvens escuras tomavam conta do céu, que antes estava totalmente limpo. Em questão de alguns minutos a chuva começou a cair, entramos pra assistir um filme que estava passando na tv. Com a chuva não tínhamos nada pra fazer... Em meio ao filme levantei e fui até a varanda olhar a chuva um pouco, me fazia bem, me fazia esquecer tudo... Mas desta vez estava diferente, só me fez pensar mais e mais na decisão que poderia mudar minha vida e ela não seria tomada por mim... Senti que meus olhos começaram a transbordar, mas eu tinha que ser forte pra ela e por ela. Não aguentei, elas escorreram... Minutos depois senti alguém me abraçar por trás, era a Manu. Limpei as lágrimas.
“Porque ta aqui sozinho, príncipe?”
“Nada, to olhando a chuva...”
“Só isso mesmo?”
Não respondi.
“Olha pra mim.”
Virei pra ela torcendo pra que ela não notasse meus olhos vermelhos.
“Porque tava chorando?”
“Nã-não tava...”
“Eu acho que te conheço o suficiente.”
“Deixa quieto isso, finge que eu sou forte o suficiente.”
“Ei, para com isso, por favor.” Ela me abraçou e depois olhou em meus olhos. “Qual é o problema? É por causa do juiz e tudo?”
“Eu não quero te deixar mais mal, esquece isso...” Desviei o olhar do dela.
Ela o voltou para si movendo pelo meu queixo levemente. “Ao contrário, eu não quero que você fique mal com isso... Ouve isso, nada nem ninguém vai separar a gente, lembra?”
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Demorou maas ficou bem grandão! E ai, o que estão achando? Eles vão conseguir ou não? Comentem e eu continuo, xoxo <3


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Capítulo 59


“Deixaram a gente sem saber o que fazer, acham legal?”
Os dois se olharam e deram uma leve risada. “Sim.”
~POV Cody Simpson~
A ideia de inscrever eles foi da Manu, mas eu adorei ver a Alli sem saber como agir. No fundo os dois gostaram de terem ganhado.
“Bom saber que vocês gostam dessas brincadeiras.” Alli disse e fez uma cara meio pensativa.
“A gente gosta de fazer, não receber.” Manu disse com uma cara óbvia.
“Mas vão ter o troco, baixinha.”
“Ah não, foi uma coisa boa pra vocês ganharem.” Ela fez beicinho.
“Mudando o assunto completamente... Cadê os outros quatro?”
“Sumiram há um tempão.”
“Mô, vamos pra algum lugar?”
“Pra onde bebê?”
“Não sei, qualquer lugar que você vá comigo vai ser ótimo.”
“Ei Cody, a gente vai embora como? O único que ta com carro é você.”
“Aqui irmã.” Tirei algum dinheiro do bolso e coloquei na mão dela. “Peguem um taxi.”
“Já vi que eles não vão passar a noite em casa.” Jake negou com a cabeça.
“Shut up Thrupp!”
“Baixinha e mal criada.” Deu língua pra ela.
“Você ta vendo como eu sofro, né amor?”
“Vocês vão ir agora?”
“Já ta expulsando a gente é, Alli?”
“Só perguntei Sr. Simpson. Não to de brincadeira com vocês hoje.”
“Uiiiii! Ela ta bravinha com a gente, princesa.”
“Para de zoar, amor.”
“Okay, vamos indo?”
“Mas pra onde a gente vai?”
“Como eu disse, não sei. A gente decide no carro.”
Nos despedimos deles e fomos pro carro. Manu ficou me pedindo pra levar ela pra tomar sorvete, mas nós já tínhamos comido tanto...
“Ainda ta com fome, princesa?”
“Não, mas eu quero sorvete.”
“Engraçado isso, um dia você ta com muita fome, no outro não consegue ver comida na sua frente.” Ri.
“Já até acostumei com essas minhas esquisitices.”
“Eu to acostumando com elas.”
Neguei com a cabeça e soltei uma risada. “Em qual sorveteria que ir?”
“Qualquer uma que não seja a da praia.” Ela fez uma careta.
Olhei a hora no meu relógio de pulso, davam quase 00h00. “Que tal irmos tomar iogurte congelado? O shopping ainda ta aberto.”
“Mas amanhã a gente toma sorvete?” Com uma voz de bebê.
Ri. “Toma.”
“Okay, então hoje a gente toma sorvete.”
Mudei o caminho que estávamos percorrendo e fomos para o shopping. Subimos até o 2° andar com as mãos entrelaçadas, montamos nossos iogurtes e saímos do shopping. Fomos até a praça do nosso primeiro beijo, que era em frente, só que estava um pouco cheia.
“Tudo começou aqui, lembra?”
“Como eu poderia esquecer?”
Ela tomou uma colherada do iogurte e voltou a me olhar. “Foi meu melhor verdade ou desafio de todos os tempos.” Riu.
Me sentei e a puxei pra sentar no meu colo. “O que quer fazer hoje, mô?”
“Não sei, pode escolher, mas nada pesado porque eu to voltando a passar mal...” Levou uma das mãos à testa.
“Tem que ver isso aí.”
“Não precisa amor, eu devo ter comido muito.”
Quando acabamos os iogurtes resolvemos ir até a praia pra relaxarmos um pouco.
~POV Manuela Albuquerque~
Deixei meu salto de lado e deitamos, nossas roupas da festa já estavam completamente cheias de areia. Ele começou a enrolar uma mecha do meu cabelo no dedo. Ficamos vendo as estrelas por um bom tempo. A praia estava cheia de pessoas da nossa idade, que estavam em um tipo de luau.
“Vamos fazer nossa festa de casamento na praia, mô?”
“Casamento?”
“A gente vai casar, não vai?”
“Se você me pedir a gente casa.” Sorri.
“Lógico que eu vou. Mas o que acha da festa na praia?”
“Que tal casarmos na praia também?”
“Melhor ainda.” Me deu um selinho. “Mas ainda vamos demorar um pouquinho pro casamento.”
“Isso, nós temos que aproveitar mais um pouco.” Retribui o selinho. “Não que eu não queira amor, mas sabe lá pra uns 20 anos, né?”
“Nós temos a vida toda, princesa.” Acariciou meu rosto. “A vida toda.”
“Com certeza. Eu te amo bebê.” Beijei ele.
“Eu te amo.”
[...] “Bebê, nós vamos dormir na sua casa hoje?”
“Quer dormir lá, é?” Deu um sorriso malicioso.
“Eu quero DORMIR com você.”
“Sei...”

“To falando sério seu malicioso.”
“Vou acreditar, mas falando sério, lá em casa tem mais liberdade...” Ele riu.
“É, meu pai não ta acostumado com a ideia de você dormir lá.” Soltei uma risada no fim.
“Então vamos lá pra casa?”
“Vamos, nem vou ligar em casa porque já sei a resposta.”
~POV Alli Simpson~
Depois de todo o tempo que Babi e Cambo ‘sumiram’, eles resolveram voltar pra mesa.
“Ué, cadê os outros?”
“Já foram embora há muito tempo Cams, vocês perderam muita coisa.”
“É, onde vocês estavam?” Jake perguntou um pouco curioso.
“Em algum lugar.” Babi disse. “Um lugar que não é da sua conta Sr. Thrupp.”
“Vish, ta afiadinha heim?!”
“É Babi, meu amor não merece isso.” O abracei de lado.

“Okay, okay... Vai contem as novidades do baile.”
“Como pode ver pelas nossas coroas, somos rei e rainha do baile.”
“Mas não foram só a Manu e o Cody que se inscreveram?”
“Eles inscreveram a gente sem sabermos.”
“Quais as outras novidades?”
“Acho que mais nenhuma... Madd e Chris a gente não viu mais e a Manu e o Cody já foram faz um tempo.”
“Tava tão chato assim o baile?”
“Me respondam vocês que não ficaram aqui, né?” Fiz uma cara óbvia.
“Ta pegando as chatices do seu namorado, amiga?”
“Ele não é chato e eu só to querendo curiar na vida de vocês.”
“Vamos embora, amor?” Cambo perguntou pra ela.
“Vão deixar a gente mesmo? Nem voltaram direito.” Jake fingindo uma voz triste.
“Vamos porque já ta tarde, como o Cody foi embora com o carro...”
“Babi, ele deixou dinheiro pro taxi.”
“Mas nós preferimos ir andando.”
“Nossa! Se não querem nossa companhia melhor falar, né? Vamos embora, Alli.”
“Vamos amor.” Peguei minha bolsa na cadeira.
Fomos pro lado de fora, onde haviam vários taxis e pegamos um. Poxa, os dois queriam se divertir, mas pelo menos falassem de um jeito melhor. Sim, eu fiquei chateada, mas fazer o que... Ao taxi estacionar em frente de casa vi que as luzes da sala estavam acessas, deduzi que tinha alguém acordado ainda. Entramos lá e meus pais, Manu e Cody estavam conversando como se não fosse tarde.
“Ainda estão acordados? E vocês não iam sair?”
Jake riu do que eu disse. “Boa noite gente.”
“Boa noite!” Eles responderam.
“Quanto a sua pergunta filha, estávamos esperando vocês.”
“E nós já saímos.” Cody completou.
“Os quatro vão dormir aqui hoje?” Meu pai perguntou.
“Vamos.” Dissemos em coro.
“Querem comer alguma coisa?”
“Eu não. Não aguento mais nada.” Manu riu.
“Eu também não quero.”
“Acho que ninguém quer, tia.”
“Cunhada, porque ta com essa cara?”
“Besteira cunhada...”
“Vai fala.” Cody disse.
“É porque a Babi e o Cambo não quiseram nossa companhia.”
“Quem disse que é isso, Jake?”
“Eu te conheço o suficiente, amor.”
“Fica assim não cunhada, eles só queriam ficar sozinhos.”
“Mas não precisava de grosseria.”
“Filha, não precisa ficar triste com isso.”
“Não to triste, to nervosa.”
“Vam cá maninha.” Cody abriu os braços e eu o abracei.
Meus pais logo depois subiram e nós ficamos na sala mesmo.
“Vocês foram pra praia?”
“Fomos.” Manu respondeu e Cody encostou a cabeça nas costas dela.
“Nós decidimos casar na praia.”
“Já tão pensando em casamento?” Arregalei os olhos.
“Foi só uma ideia nossa, não vamos casar agora irmã.”
~POV Cody Simpson~
[...] “Querem sair com a gente amanhã? Agora sim podemos fazer programa de casais.”

“Vai ser legal se vocês forem.”
Olhei pro lado e a Manu estava dormindo encostada no sofá. “Por mim tudo bem, tenho que ver com a minha princesa.”
“Com certeza vocês vão com a gente então.” Alli disse.
“Pra onde a gente vai?”
“Vamos andar por aí.”
“Ah, e depois a gente toma sorvete, porque a Manu queria hoje.”
“Essa dona Manuela anda querendo comer muito, ta estranho isso.”
“Nada a ver, broh.”
“Tudo a ver, conversa com ela irmão.”
“Parem com isso meu, não tem nada a ver, todo mundo sente fome.”
“E todo mundo também tem dias em que não aguenta nem ver comida na frente?”
“Vocês tão pensando coisa errada.”
“Não estamos não.” Os dois disseram em coro.
Confesso que aquele assunto me deixou intrigado, mas nada fora do comum ou do meu controle. Os dois continuaram insistindo e eu tentando mudar o assunto. Resolvi subir pra sair dele, levei a Manu no colo e a repousei na cama. Tomei um banho meio rápido pra tirar a areia do corpo. Coloquei uma camisa e uma box e deitei ao lado dela, que acabou acordando.
“Desculpa mô, não queria te acordar.”
“Tudo bem amor, obrigada por me trazer.”
“Imagina. Quer tomar um banho?”
“Acho que vou tomar sim, me empresta uma camiseta?” Levantou da cama.
Tirei a minha e dei pra ela. “Acabei de pegar, pode usar princesa.”
Riu. “Preguiçoso.”
Ela entrou no banho e demorou alguns minutos. Não sei ao certo quanto porque me perdi em meus pensamentos, imaginando o assunto que Alli e Jake estavam falando. Quando ela saiu sentou ao meu lado e percebi que ela estava me olhando, sai de meus pensamentos.

“O que foi?”
“Nada, só tava pensando um pouco.”
“Posso saber em que ou quem?”
“No nosso futuro.”
“Desenvolve as ideias.”
“Jake e Alli estão achando estranha essa sua fome e o sono...”
“Como assim?”
“E-eles... tão achando que...”
“Que...?”
“Que você ta grávida.”
“E eu to mesmo.” Ela me olhou séria.
Arregalei os olhos. “Sério?”
“Não amor, calma. To brincando.” Ela começou a rir.
“Mas é sério, temos que ver isso.”
“Para amor, eu não to grávida.”
“Tudo bem, com o tempo a gente vai saber.”
“É sério amor, confia em mim, se eu tivesse te diria.”
Abracei-a. “Me diz mesmo?”
“Claro amor.”
“Eu to do seu lado em tudo, sabe disso, não sabe?”
“Do jeito que você fala parece que ta tudo confirmado.” Riu. “Esquece isso, ta?”
“Vou tentar.”
Ela me deu um selinho e deitou a cabeça no meu peito. Entrelacei os braços na cintura dela e assim adormecemos. Na manhã seguinte quando acordei, ela já tinha levantado. Coloquei uma bermuda e desci. Minha mãe disse que ela já tinha ido pra casa depois de uma ligação, fui até a casa dela mas estava toda fechada, o carro dela estava estacionado, mas o dos pais não. Voltei pra casa e tentei ligar, caixa de mensagens... Talvez estivesse me preocupando a toa e fosse só um programa em família, ou não...
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Ei angels, o que estão achando? Comentem bastante e eu continuo. Bem vinda Bia, espero que esteja gostando <3 Xoxo