segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Capítulo 85

 Chequei alguns pacotes de viagem, pensei e seria mesmo bom passar um tempo com ela longe da preocupação. Fechei um de 4 dias, iríamos amanhã cedo. Avisei Kath, que se animou bastante. Comecei a arrumar minhas coisas e Alli chegou da faculdade.
“Vo-você ta indo e-embora?” Apontou pra minha mala.
“Não, Alli, vou viajar com a Kath, sua mãe que deu a ideia.” Guardei uma blusa na mala.
“Que susto!” Colocou uma mão no peito. “Pensei que tava indo embora. Quer ajuda?”
“Adoraria.”
Ela me ajudou, Kath disse que já tinha arrumado sua mala, mas depois eu ia conferir. Almoçamos. Tia Angie, tio Brad, Alli, Jake e Tom foram pro hospital e eu acabei de arrumar minhas coisas, estava checando a de Kath quando eles chegaram.
“Cunhada, eu acho que o Cody ta se apaixonando de novo por você.”
“Concordo com a Alli, ele só sabe falar em você, Manu.”
“Acho muito cedo pra vocês acharem isso.” Disse sem tirar os olhos da mala.
“Não é cedo, vocês estão juntos há quase 6 anos, é normal que ele ainda sinta o que sentia.”
“Não sei... Prefiro esperar ele lembrar do que me precipitar.” Suspirei e olhei pra eles. “Um dos dois pode ir no meu lugar amanhã de manhã?”
“Eu vou, Alli tem aula.”
“Eu posso...”
Interrompeu ela. “Não vai faltar.”
“Mas amor...”
“Não, princesa.”
~POV Cody Simpson~
No dia seguinte, acordei no mesmo horário pra esperar ela, mas meu café ficou lá por um tempo... Ouvi duas batidas na porta, esperei ser ela, mas era Jake.
“E ae, broh.” Fez um toque comigo e sentou.
“E ae.”
“Sei que a companhia dela é melhor, mas é o que temos pra hoje.” Riu.
“Ela não vem? Eu disse ou fiz algo errado?”
“Não, ela foi viajar.”
“Porque ela não me disse nada?”
“Porque ela decidiu ontem a tarde.”
“Ah...”
“São só 4 dias, não se preocupe, ela volta.”
“Então pode me ajudar nesse tempo, Jake?”
~POV Manuela Albuquerque~
Desembarquei com Kath em Washington, ela estava maravilhada com tudo, principalmente com o voo por ter sido seu primeiro. Fomos pra sala de embarque pra pegarmos as malas.
“Elas vem nisso, mamãe?” Apontou pra esteira.
Ri. “Sim, fique atenta pra achar as nossas.”
“Ali!” Ela apontou pra sua mala do Mickey.
Pegamos a dela, esperamos a minha e fomos num taxi até o hotel, que devia ser perto dali. Ela olhava por uma janela e eu estava com a cabeça apoiada no braço que estava no apoio da janela. Só conseguia pensar nele, a essa hora eu estaria com ele, como ele teria recebido a notícia? O que estaria sentindo por eu não ter ido? Logo estávamos no hotel, que era lindo por fora. Confirmei as reservas e fomos pro nosso quarto. Ela se jogou na cama.
“Cansei minha beleza com a viagem, mamãe.” Tirou uma mecha de cabelo do rosto.
“Acho que alguém ta passando muito tempo com a tia Alli.” Ri.
“Ela riu também. “Só um pouquinho.”
Ela quis ir pra piscina logo depois, aceitei. Coloquei meu biquíni, ajudei ela com o maiô e nós descemos, entramos na parte mais rasa da piscina, enquanto ela nadava, eu observava um casal que me lembrava eu e Cody. Alguns flashs vieram em mente.
~Flashback 1~
Cody me puxou mais pra perto, colando nossos corpos e me beijou calorosamente. Suas mãos estavam dentro da minha blusa quando eu parei.
“Para com isso.” Disse baixo.
“Tem medo de não aguentar?” Ele disse no mesmo tom com uma voz sexy.
“Você que deveria ter medo, eu posso ser muito má.” Mordi o lábio.
Ele ergueu uma sobrancelha e sorriu. “Pode ser má, eu não ligo.”
“Eles vão perceber e vão zoar a gente, melhor eu não fazer nada.”
O povo tava percebendo mais ou menos nossa conversa, apesar de estarmos quase sussurrando.
“Melhor a gente sair da piscina antes que eles dois passem dos beijos.” Cambo apontou pra gente e nós rimos.

~Flashback 2~
Cody me pegou no colo e pulou na piscina.
“Amor! A pequena ta sozinha lá em cima.”
“Ela ta dormindo, vamos aproveitar.” Me prendeu na parede entre seus braços.
“Antes você vai me pegar.” Ri e mergulhei por baixo dele.
Ele veio atrás de mim, eu estava em uma ponta e ele na outra, agora. Fomos um em direção ao outro e nos beijamos debaixo da água, só subimos quanto faltou fôlego.
“Eu te amo.” Entrelaçou os braços na minha cintura.
“Eu te amo.” Entrelacei os meus em seu pescoço e nos beijamos novamente.

Lágrimas inundaram meus olhos, mas eu não podia chorar ali.
~POV Cody Simpson~
Jake tinha saído pra buscar algumas coisas que me ajudariam. Depois do almoço meus pais e Tom, que agora eu sabia que era meu irmão, deram uma passada por aqui, mas como era sábado, eles fariam algo com ele esta tarde. Jake entrou com Alli logo depois de eles irem embora, ambos carregavam uma caixa.
“Trouxemos algumas coisas que podem te ajudar.”
“O que?”
“Fotos.” Alli sorriu e sentou ao meu lado.
Jake puxou uma cadeira e também sentou. “Se o doutor nos pegar mostrando-as pra você estamos encrencados.” Riu.
“Vamos rápido, temos 3 dias e meio.”
“Okay.” Abriu a caixa que carregava. “Quer que eu resuma o que ela é pra você antes de mostrar as fotos?”
“Por favor, irmã.”
“Bom, segundo o que você sempre diz, ela é a mulher que Deus escolheu pra você. Vocês se amam muito e estão juntos há 6 anos.”
“6 anos?”
“Sim, ninguém acreditou quando você deu uma aliança de compromisso pra ela.” Jake riu.
“E a minha? Onde está?”
“Aqui.” Alli tirou uma caixinha vermelha da caixa e me entregou. “ O doutor pediu pra guardarmos pra não termos que explicar sobre ela.”
Abri, só tinha a minha ali, a analisei e sorri ao ver “Manuela” gravado dentro dela. “A outra ta com ela?”
“Sim, ela não tirou um só segundo.”
Eles me mostraram as fotos de viagens, dia-a-dia, com eles, família, mas a caixa que estava com Jake ainda não tinha sido aberta, ela era ainda maior.
“E essa?” Apontei pra caixa.
“Essa é de 5 anos pra cá.”
“Porque separaram?”
“Pra não te deixar confuso. Daqui a pouco mostramos essa.”
Senti uma forte dor de cabeça, a dor passou rápido e em seu lugar, eu recebi uma lembrança que não tinha nas fotos... Estávamos em uma praia, eu tinha um violão e cantava pra ela. Mas, eu não consegui lembrar de mais do que isso.
“Cody, você ta bem?”
“Estou, Alli, eu me lembrei de estar cantando pra ela numa praia.”
“Foi no aniversário de 17 anos dela.”
“Quero ver o restante das fotos, quem sabe não me lembre de mais coisas?!”
Antes de eles me mostrarem, o doutor entrou com uma enfermeira pra tirar meus pontos, isso foi rápido. Eles saíram e eu abri a caixa.
“Tenha calma pra processar as informações.”
A primeira foto era uma em que ela estava grávida, na sequência tinham muitas outras, meus olhos já estavam cheios de lágrimas, mas quando vi a do nascimento desabei.
“Eu tenho uma filha?”
Jake assentiu. “Você e a Manu têm uma filha.”
Tentei me lembrar de algo. “Kath?”
“Você se lembra?”
“Vagamente, há alguns dias me veio a imagem de uma garotinha com o nome de Kath, Katheryn, eu acho.”
“Sim, Katheryn, Manu foi viajar com ela pra passar o aniversário longe do clima hospital/casa que estão...”
“Eu to fazendo minha filha sofrer perto do aniversário?”
“Calma, Cody. Você não tem culpa e a Manu não disse exatamente o que ta acontecendo com você... Kath acha que você está ‘dormindo’.”
“Do mesmo jeito, Alli...” Respirei fundo.
Continuei vendo as fotos enquanto pensava em um jeito de receber alta antes que elas voltassem, eu faria o possível pra conseguir lembrar de tudo. Depois de me contarem do aniversário dela, me lembrei de que o da Manu era no dia em que elas voltariam, exatamente 3 dias depois do da Kath, eu tinha que preparar algo pras duas e precisava da ajuda de Alli e Jake.
~POV Manuela Albuquerque~
Pela noite, jantei com ela em um dos restaurantes do hotel e subimos pro quarto. No dia seguinte iríamos pro centro comprar o presente dela e mais algumas coisas. Ela dormiu enquanto eu acariciava seus cabelos e resmungou um pouco quando meu celular tocou. Era um número que marcava-se como restrito, meu coração foi à mil pensando em algo ruim.
~Ligação Onn~
“Alô?”
O silêncio ficou do outro lado da linha.
“Alô?” Repeti.
“Eu te amo, sinto sua falta...”
~Ligação Off~
Meu Deus! Quem seria? Pensei na hipótese de ser o Cody, mas ele não tinha mais meu número por estar sem seu celular, mas e se alguém tivesse dado pra ele? A voz estava baixa e não deu pra eu reconhecer. Depois da ligação, fiquei rolando na cama sem conseguir dormir, peguei no sono já eram, mais ou menos, 4 da manhã...
~POV Cody Simpson~
Pela noite me esforcei muito e minha cabeça parecia cooperar comigo, já conseguia me lembrar de muitas coisas, ainda me lembrei de uma coisa que me fez ter uma boa ideia de algo pra fazer. Hoje, conversaria com o doutor de tudo que eu havia lembrado, quem sabe assim eu poderia receber alta. Enquanto ele não vinha, fiquei pensando se a Manu tinha pensado ser eu na ligação, mas não tive coragem de ligar novamente ou falar algo a mais.
“Quer falar comigo?” O doutor perguntou ao entrar no quarto, me fazendo sair de meus pensamentos.
“Quero... Eu me lembrei de tudo, eu acho.”
Contei pra ele algumas coisas, até de infância, e como eu vim parar aqui.
“Isso é ótimo, garoto!”
“E, assim, pode pensar na possibilidade de me dar alta? Eu posso continuar me cuidando em casa e voltando quando você pedir.”
“Deve querer muito sair daqui, principalmente agora que se lembrou de tudo... Quem sabe daqui a pouco eu passe aqui com sua alta.” Ajeitou o jaleco, sorriu e saiu do quarto.
Como eu estava com o Iphone da Alli, mandei uma sms pro Jake falando que estava dando certo até agora e que era provável eu ter alta, já tinha tirado o número do restrito.
~POV Manuela Albuquerque~
Depois do café, já saímos pro centro. Kath não se decidia sobre o presente, já tinha escolhido uns três diferentes...
“Mamãe, eu quero os três.”
“Mas, filha...”
“Por favor...” Ela fez becinho.
“Okay, okay, okay... Você sabe que quando a gente voltar vai ter os presentes dos seus tios e avós, não sabe?”
“Sei.” Ela sorriu.
“E vai querer três?”
“É porque eu amo o Mickey, mamãe, tenho que levar os dois e o outro eu gostei.”
“Sim, ta passando muito tempo com a Alli...” Neguei com a cabeça enquanto ria.
No fim, compramos os três, peguei algumas coisas pra mim, algumas coisas pra Alli, Cody, Jake, meus pais, os pais do Cody, nossos irmãos... Estávamos cheias de sacolas, quer dizer, Kath só levava as três dela, porque era o que aguentava. Meu celular tocou, mas não consegui atender, ele ficou tocando por um bom tempo, depois retornaria pra quem fosse. Quando já íamos entrar em um restaurante, Kath parou em frente a uma loja que tinham vários bonés.
“Mamãe, vamos comprar pro papai!”
“Já compramos muitas coisas, pequena.”
“Só mais dois bonés, só dois.” Apontou pra um dos da vitrine. “O papai vai gostar.”
Realmente fazia o estilo dele... Compramos alguns bonés na loja e agora eu não gastaria mais nada, a não ser com o almoço.

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Meninaaaaaaas, desculpem a demora... Bom, esse ta com uma página a mais hahahahaahaha. Como estamos na reta final, seria bom que vocês comentassem por aqui ou mandassem o que acharam para o meu twitter, que é o @MyAngelSimpson4 , como todos sabem. O que o Cody está planejando, na opinião de vocês? COMENTEM E EU CONTINUO!


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Capítulo 84

~POV Cody Simpson~
Tudo estava confuso, eu deveria me lembrar delas, mas eu não conseguia... Eu não sabia o porquê de não lembrar e nem porquê estava aqui. O médico que eu tinha visto logo que acordei acabava de entrar no quarto.
“Doutor, o que ta acontecendo comigo?”
“Não se lembra de como veio parar aqui?” Sentou nos pés da cama.
“Não...”
“Me diga do que se lembra.”

“Dos meus pais, de um amigo e de alguns nomes, mas não consigo associá-los às pessoas.”

“Isso é temporário, vamos cuidar disso, mas vai ter que se empenhar.”
“Me empenharei, mas porque eu to aqui?”
“Você teve um acidente.”
“Por isso me esqueci das coisas?”
“Isso, com o acidente, se desencadeou um leve traumatismo.”
“Por quanto tempo eu vou ficar assim?”

“Não sei... Isso depende de você.”

“Eu quero me recuperar, doutor.”
“Você vai, mas com o tempo.”
Ele pediu pra uma enfermeira fazer alguns exames, não me sentia bem, cada vez que eu me esforçava pra tentar lembrar das coisas, minha cabeça doía... Jake veio até meu quarto novamente, mas desta vez ele estava com meus pais. Minha mãe, que estava chorando, veio me abraçar.
“Meu filho, é muito bom te ver acordado.”
“Bom te ver aqui, mãe.”

“Você se lembra de mim?”
“Claro, de você e do meu pai.”

Meu pai também me abraçou, mas ele não conseguiu dizer nada.
~POV Manuela Albuquerque~
Depois de tia Angie e tio Brad chegarem, eu e Alli fomos embora, não estávamos bem... Alli foi pra casa e eu fui até a casa dos meus pais pra buscar Kath.
“Como o Cody está?” Minha mãe perguntou.
“Ele acordou.” Dei um pequeno sorriso.
“E porque você não ta com ele?” Gabe perguntou.
“Ele está com amnésia e o doutor disse que não era pra forçarmos ele a lembrar de nada... Então, eu e Alli viemos embora.” Olhei pra Kath, que estava dormindo no sofá. “Espero que ele se lembre dela...”
“Ele não se lembra de ninguém?” Meu pai perguntou.
“Dos pais e de Jake.” Suspirei. “Bom, vou levar a pequena pra casa e vou descansar...”
“Não quer almoçar, irmã?”
“Não irmão, to sem fome.”
“Filha, já são quase 15h, você tem que comer algo, como vai ajudar o Cody se estiver doente?”
“Em casa eu como alguma coisa com a Alli.” Peguei a Kath.
“Qualquer coisa, ligue pra gente, okay filha?”
“Okay, mãe.”
Gabe foi comigo pra lá, porque queria ficar com Tom, nem eu e nem Alli quisemos comer, ficamos na sala no maior silêncio. Levantei do sofá que estava, sentei ao lado dela e a abracei.
“Ele vai ficar bem, cunhada.”
“Sabe, eu to me lembrando de uma coisa...” Ela limpou as lágrimas.
“O que?”
“Uma vez eu disse pro Cody que o destino ta testando o amor de vocês, acho que esse é mais um teste.”
“Mas, porque agora, Alli? Porque com ele? Eu me sinto culpada...”
“Não se sinta. Você não teve culpa de nada, aconteceu porque tinha que acontecer.”
“Daqui uma semana é aniversário da Kath, ela vai ficar arrasada se ele não lembrar dela...”
“E o seu é três dias depois...”
“Não estou preocupada comigo agora.”
Não disse pra Kath que ele tinha acordado e preferi que não dissessem nada pra ela por enquanto. Na manhã seguinte, eu ia visitá-lo, me troquei e saí cedo. Cheguei no hospital e o doutor me disse as mesmas coisas, que não deveria forçá-lo a nada. Ele ainda dormia quando entrei no quarto. Sentei na poltrona e fiquei o observando. Uma enfermeira trouxe o café pra ele, fazendo ele acordar, deixou a bandeja na pequena mesa ao lado da cama e saiu do quarto.
“Oi.” Ele me olhou e sorriu, aquele sorriso que eu tanto sentia falta...
“O-oi, bom dia Cody.”
“Bom dia...” Ele fez uma pausa, talvez tentando lembrar meu nome.
“Não se esforce pra lembrar meu nome.”
“Mas, eu quero lembrar.”
“Um hora você lembra.” Sorri e passei uma das mãos por sua face, ele fechou os olhos com meu toque, era como se estivéssemos nos conhecido a pouco. “Toma seu café.”
“Me acompanha?”
“Não, obrigada.”
“Se não comer, eu também não como.”
Ri. “Chato como sempre, mas okay... Talvez um biscoito.” Peguei um biscoito na bandeja.
“Depois vai comer mais.”
Ele insistiu e acabou dividindo o café comigo.
“Te ver acordado é tão bom.”
Ele sorriu novamente, percebi que estava tímido. “Me desculpa não lembrar quem você é...”
“Tudo bem, vou continuar vindo te encher a paciência todos os dias que você ficar aqui.”
“Vou ficar feliz.”
“Sério?”
“Sim.”
“Então venho todos os dias, pode ser?”
“Claro e eu vou cobrar.” Riu. “Quantos anos tem? Só curiosidade.”
“Faço 21 em alguns dias.”
“Minha idade, certo?”
“Certo.”
Conversei com ele por um longo tempo, estávamos nos dando bem. Mas, uma das enfermeiras disse que ele tinha que descansar, pois já eram quase 11h, não tinha tido noção da hora.
“Fica mais...”
“Você tem que descansar. Eu volto amanhã, acho que seus pais vem a tarde.”
“Te vejo mesmo amanhã?”
Sorri quando ele me perguntou isso. “Sem falta, venho no mesmo horário.” Beijei o rosto dele. “Fica bem.”
Ele apenas sorriu.
“Eu te amo.” Disse num sussurro antes de sair, acho que ele não me escutou.
Fui pra casa, fiquei com Kath por um tempo e ela foi se trocar pra entrar na piscina, pois estava muito calor. Contei pra Alli, Angie e Brad sobre a manhã com Cody e eles se alegraram. Tio Brad teve que ir trabalhar depois do almoço, mas antes passaria no hospital com tia Angie, Alli e Tom.
“Se troca pra piscina, mamãe.” Ela disse enquanto descia o último degrau da escada.
“Não, pequena, vou ficar do lado de fora hoje.”
“Ah... Porque?”
“Porque eu tenho que trabalhar, da próxima eu entro com você, okay?”
Levei meu notebook pra fora e fiz as planilhas que meu chefe tinha pedido, mandei por email e fiquei olhando Kath na piscina, Cody tinha ensinado, desde quando ela era pequena, a nadar e ela ia muito bem.
“Mamãe, to nadando como o papai?”
“Ta quase igual.” Ri.
“Ele disse que quando eu nadar como ele, nós vamos surfar. Você vai com a gente?”
“Não levo jeito pra surfar, filha.”
“Papai ensina você.”
“Veremos.” Ri.
Nas manhãs seguintes, sempre ia no mesmo horário até o hospital, daqui três dias era o aniversário da Kath, ela perguntava constantemente se o Cody não iria acordar até lá, resolvi que levaria ela pra vê-lo hoje a tarde se desse certo conversar com ele sobre isso... Entrei no quarto e hoje ele estava acordado.
“Bom dia, tava te esperando.” Ele disse se ajeitando na cama.
Não contive meu sorriso. “Bom dia.” Sentei ao lado dele.
“Você ta linda hoje.” Sorriu.
Fiquei meio corada. “Obrigada.”
Depois de ele dividir o café comigo, como todos os dias...
“Eu tava lembrando de alguns nomes, posso falar pra ver se o seu ta no meio deles?”
“Claro.”
“Eu anotei eles nesse papel.” Me entregou um papel que estava dentro da gaveta.
Abri o papel e comecei a ler os nomes, deveriam ter uns 7, mas o meu não estava no meio... Meus olhos se encheram de lágrimas ao ler “Stella” e “Hailey”, sei que ele não tinha culpa em não se lembrar de mim, mas doeu saber que ele se lembrava mesmo que fosse do nome delas...
“E ai, achou o seu?” Ele perguntou animado.
“É... Não.” Neguei com a cabeça.
“Desculpa... Me diz seu nome, então?”
“Manuela.”
“Bom dia.” O doutor entrou no quarto. “Como está, Cody?”
“Bem, mas ficaria melhor se saísse desse quarto.” Riu de leve.
“Logo vai sair daqui. Bom, só passei pra ver como estava, desculpa atrapalhar e com licença.” Saiu do quarto.
Ficamos em silêncio por algum tempo, mas ele o quebrou.
“To ensaiando há um tempo pra te dizer umas coisas... Posso?”
“Pode falar.” Abri um pequeno sorriso.
Ele respirou fundo. “É... Bom, eu não me lembro de você, mas eu sinto que você era especial pra mim de alguma forma, eu gosto de quando você vem aqui, me sinto bem, é como se eu te conhecesse agora. Obrigado por vir me ver todos os dias, você tem sua vida e dedica um tempo dela pra mim todos os dias, espero me lembrar logo de tudo.”
Duas lágrimas rolaram e ele as secou, eu não consegui dizer nada, então abracei ele.
Tia Angie me ligou pouco tempo depois, pedindo pra que eu fosse pra casa sem me dizer o porquê, me despedi do Cody e fui pra casa.
“O que aconteceu, tia?” Perguntei logo que entrei.
Parei na porta ao ver Luiza e Fernando sentados na sala.
“O que fazem aqui?”

“Filha...”

Interrompi. “Não me chama de filha.” Pausei. “Tia, cadê a Kath?”

“Tom a levou pra comprar sorvete.”

Voltei meu olhar pra Luiza e Fernando. “Sejam breves.”
“Queremos nos desculpar com você, já ficamos a vida toda sem você e agora estamos há quase 5 anos sem nos falarmos. Queremos participar da sua vida...”
“E então, nos desculpa?”
“Acham que é tão simples assim? Virem aqui e me pedirem desculpas não vai me fazer esquecer o que aconteceu. O máximo que eu vou fazer é pensar sobre, agora saiam daqui.”
“Não podemos nem ver a Katheryn?”
“Não, não quero ter que explicar nada pra ela, já que a cabeça dela esta confusa.”
“Pensa no que dissemos.” Eles se levantaram, me olharam por cima dos ombros e saíram.
“Não acha que foi dura com eles, querida?”
“Não... Eu já perdoei uma vez e eles me decepcionaram, agora é melhor eu pensar antes de qualquer decisão, mas não quero falar disso.”
“Como foi com o Cody?”
Contei pra ela toda nossa manhã, Tom e Kath chegaram com os sorvetes. Ela veio pro meu colo.
“Mamãe, e a minha festa?”
“Ela ta me perguntando isso a manhã inteira.” Tia Angie disse rindo.
“Não teremos festa esse ano, meu amor.”
“Mas sempre temos...”
“Porque ao invés de festa você não faz uma curta viagem com ela?”
“Mas, e o Cody?”
“Nós cuidamos dele, querida, não pode passar o aniversário da pequena em branco.”
“É, mamãe, quando o papai acordar a gente viaja com ele também.”
“Vou ver, filha. Porque não vai lá com o tio Tom um pouquinho? Preciso falar com a vovó.”
Ela foi pra fora, onde Tom estava e eu passei minhas mãos pela testa.
“O que foi, querida?”
“Eu estava pensando em levar a Kath no hospital, mas não consegui falar com ele sobre ela, tenho um pouco de medo de como ele vai reagir.” Pausei. “Mas, por outro lado, ela ficaria feliz em vê-lo... O que eu faço, tia?”
“Eu acho melhor você deixar ele se lembrar, Kath ainda acha que ele esta dormindo, e quando voltarem você leva ela pra lá.”
“É, acho que é o melhor mesmo, obrigada.”
“E quanto à viagem? Vai ser bom pra vocês.”
“Okay, eu vou ver alguns pacotes pela internet, mas não vou ficar muito tempo, uns 3 ou 4 dias.”
“Faça isso.” Sorriu. “Não se preocupe com o Cody, vamos cuidar dele.”
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Graças a algumas ideias da Talys o capítulo ta aí hahahahahahaa. O que acharam do capítulo? Comentem sobre o que esperam para os próximos, okay? Ah, Vickye, seja bem vinda <3 espero que esteja gostando e comentem, ta? Se quiser que eu avise quando postar deixe seu twitter abaixo. Qualquer coisa me falem pelo @MyAngelSimpson4 . Xoxo



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Capítulo 83

“Bom, o acidente não foi nada simples, ele esta respirando com ajuda de aparelhos e teve um traumatismo, não sabemos ainda a intensidade.”
“E quais serão os traumas?”
“Como eu disse, não sabemos, só conseguiremos saber a intensidade e os traumas quando ele acordar.”

“Quais podem ser?” Limpei minhas lágrimas com a costa da mão.

“Perda de algum movimento, dores de cabeça, convulsões, amnésia ou pode ser que ele não tenha nenhum trauma, isso vai de paciente pra paciente, como ele é jovem pode se recuperar melhor e mais rápido.” Fez uma pausa rápida. “Para a recuperação dele, eu vou precisar da família e amigos, ele está em coma, mas pode ouvir vocês, então terão que dar apoio pra ele, conversarem como se ele estivesse conseguindo responder, vai ajudar. Passem toda a positividade possível pra ele, nunca digam que sentem pena ou algo sim, entenderam?”
Assentimos.
“Podemos ver ele?”
“Podem, no máximo dois de cada vez.”
Coloque pra tocar antes de continuar lendo! (cliqueaqui)
Angie e Brad foram primeiro, Alli e Jake depois. Kath já estava impaciente por não saber onde Cody estava, pedi pra que ela ficasse com a vó enquanto eu ia ver se ela poderia entrar, na verdade, eu estava indo vê-lo. Parei em frente à porta e a encarei por segundos, tentando desvendar o que me esperava. Criei coragem e a abri, lágrimas rolaram por minha face ainda com mais frequência, uma dor enorme tomou meu coração. Me sentei na poltrona ao lado da cama e acariciei seus cabelos de leve, se eu pudesse, trocaria de lugar com ele sem pensar duas vezes. O pouco tempo que ele estava aqui já me parecia uma eternidade, sentia falta da voz dele, do sorriso, daqueles olhos verdes me olhando, sentia falta de tudo... Precisava dele bem e comigo de novo, mas ele estava tão frágil ali deitado imóvel em minha frente. Pedi mentalmente que Deus desse forças pra que ele se recuperasse sem nenhum trauma. Sequei minhas lágrimas e peguei na mão dele.
“Bom dia, amor... Ta conseguindo me ouvir?” Eu ainda acariciava os cabelos dele. “Você vai ficar bem, viu? Logo vai voltar pra mim, pra nossa pequena... Você é forte, confia nisso.” Limpei as lágrimas novamente. “Lembra de quando era eu que estava no hospital e você ficou todo o tempo comigo? Eu vou fazer o mesmo agora, estarei o tempo todo aqui cuidando de você e rezando pra você acordar logo. Eu te amo e sempre vou amar, guarda isso pra sempre.”
Fiquei por bastante tempo lá, apenas segurando a mão dele e acariciando seus cabelos, minha mente estava longe daqui...
~Flashback 1~
Limpou minhas lágrimas. “Para de chorar, isso me machuca muito...”
“Desculpa meu am... Cody...” Passei a mão pelo rosto.
Cody sorriu bobo. “Ia me chamar de meu amor?”
“Não, é que eu me atrapalhei...”
“Eu finjo acreditar em você desta vez, okay?”
Ri sem graça. “Mas é verdade.”
(Diga-me que você abrirá seus olhos)

~Flashback 2~
“Posso te dar uma coisa?”
“O que?”
“Fecha os olhos.”
“Ai meu Deus!” Fechei os olhos.
Ele me beijou e ao fim me abraçou. “Eu te amo.” Sussurrou enquanto olhava nos meus olhos.
(Pegue minha mão e entrelace seus dedos nos meus, nós sairemos deste quarto escuro pela última vez)

~Flashback 3~
Estava sentada na areia e Cody no meu colo. Tinham poucas pessoas nessa parte da praia, a maioria casais. Cody sentou também e me abraçou de lado.
“Ta vendo aquele casal ali?” Ele apontou pra um casal de velhinhos abraçados em um banco.
“Aham, que fofos.” Encostei a cabeça na dele.
“Nós vamos ser como eles, pra vida toda.” Sorriu.
(Eu quero tanto abrir seus olhos, porque preciso que você olhe nos meus)

~Flashback 4~
“Você conseguiu, princesa, trouxe nossa pequena ao mundo.” Sussurrou em meu ouvido e eu sorri, ele me deu um selinho em seguida.
“Nós conseguimos, obrigada por estar comigo e me desculpa pela mão.”
“Eu queria que você dividisse esse momento comigo. Ah, e tudo bem pela mão.” Riu.
A doutora enrolou Kath em uma toalha e a colocou no colo meu colo. Lágrimas escorreram por nossos rostos, nenhum de nós conseguia dizer nada.
(Diga-me que você abrirá seus olhos)

Ele permaneceu assim por duas semanas, minha rotina era a mesma de todos os dias, do hospital pra casa, de casa pro hospital... Ele tinha tido a primeira reação há dois dias, tinha apertado minha mão e isso foi uma grande conquista pra mim, aos poucos ele estava se recuperando. Revezava as noites e dias lá com tia Angie e tio Brad, pois eu precisava ficar um tempo com Kath, mas não teve um só dia que eu não tenha passado pelo menos meia hora lá. Mais um dia, eu estava me preparando pra ir até o hospital, hoje não tinha ninguém lá, porque tia Angie tinha passado mal e então vindo pra casa. Tomei café com eles e a pequena veio com as perguntas frequentes de toda a manhã.
“Mamãe, eu posso ir com você?”
“Não, meu amor, a vovó Marie falou pra você ficar com ela hoje.”
“Okay... Mas, eu queria ver meu papai.”
“Você ainda não pode ir, logo vai poder, eu prometo.” A peguei no colo e beijei seu rosto.
“Eu sinto falta dele...” Seus olhinhos se encheram de lágrimas.
“Tenho certeza de que ele também sente sua falta, logo ele vai acordar.”
“Porque ele não pode dormir rapidinho que nem a gente?”
“Porque ele ta dodói.”
Me despedi de Angie e Brad e peguei minha bolsa, deixei Kath na casa dos meus pais e voltei pra casa pra pegar meu carro, quando estava saindo com ele, vi Alli e Jake. Eles disseram que estavam indo pro hospital também, então fomos juntos.
~POV Hailey Baldwin~
“Como podem ter sido tão estúpidos a ponto de prepararem o plano por quase 5 anos e ter dado errado?”
“Os sequestradores foram presos, não tivemos culpa.”
“Sim, tiveram! E ainda por cima, era pra eu ter o Cody de voltar e agora ele ta entre a vida e a morte. Espero que saibam que a policia, uma hora ou outra,vai conseguir com que eles falem sobre nós e eu já vou estar bem longe daqui.”
“Eles não vão falar!”
“Paguem pra ver, adeus!” Peguei minhas malas.
“Vai desistir do Cody?”
“Vou, Harry, deveria fazer o mesmo com a Manu, eles se amam e a gente não vai mudar isso nunca, não percebeu ainda?”
Ele abaixou a cabeça.
“Não vai concordar, vai Harry?”

“Vou, e estou indo com a Hailey pra onde ela for, não vale a pena ficar aqui...”

“Vocês dois são ridículos!”
~POV Manuela Albuquerque~
Chegamos no hospital, mas não nos deixaram entrar não sei porque...
Sentei com eles na sala de espera, batia meus pés constantemente, eu estava nervosa por não poder vê-lo...
“Para, Manu, ta me deixando nervoso.”
“Mas, Jake, eu to preocupada por não terem nos deixado entrar.”
“Vai ver só estão fazendo exames de rotina, cunhada, calma.”
Jake se levantou, pegou um copo de água e voltou. “Bebe pra se acalmar.” Me entregou o copo.
“Obrigada.” Bebi a água enrolando um pouco pra ver se me acalmava.
O doutor veio sorrindo do corredor, eu estranhei isso... Fui até lá e Jake e Alli me seguiram.
“Doutor, como o Cody ta? Porque não podemos ver ele?”
“Se acalma.” Sorriu novamente. “Ele está bem e vão gostar de saber que estávamos fazendo alguns exames porque...”
“Porque?” Perguntamos em coro.
“Porque ele acordou.”
“Isso é sério? Nós podemos vê-lo?” Alli perguntou por mim, já que eu estava sem fala.
“Podem vê-lo, mas sem muitos exageros com ele, por favor, ele acordou não tem nem uma hora.”
Fomos até o quarto e entramos, eu paralisei ao lado da cama, ele estava mesmo acordado, não dava pra acreditar... Alli se paralisou também e Jake abraçou ele.
“E ae, broh? Ta com a gente de novo, heim?” Ele secou rapidamente a lágrima que escorreu.
“Há quanto tempo eu to assim, Jake?”
“Duas semanas.”
Cody olhou pra mim e pra Alli, ele parecia confuso, eu não entendi isso...
“E elas?”
“É, meu, não vão abraçar ele?”
“Não é isso... Quem são?”
Um nó fechou minha garganta... Tinha ouvido isso mesmo? Jake olhou pra nós e depois voltou o olhar pra ele.
“Você não se lembra?”

“Não... Quer dizer, não sei... Minha cabeça ta confusa.” Ele se ajeitou na cama.

Alli continuou estática, mas estava chorando. Minha única reação foi ir em direção à porta, saí do quarto e parei no meio do corredor, minhas lágrimas acabaram rolando.
“Manu...” Jake estava atrás de mim. “Ele não tem culpa.”
“Eu sei, Jake, mas eu não estava preparada psicologicamente.”
Ele me abraçou. “Se acalma, ele vai lembrar e pode ser só um esquecimento momentâneo.”
O doutor veio do fim do corredor. “O que aconteceu?”

“Doutor, seria possível ele lembrar de algumas pessoas e outras não?” Jake perguntou.

“Sim, é como uma amnésia, isso aconteceu?”

“Aconteceu...”

“Aos poucos ele vai lembrar, mas teremos que fazer alguns exames com isso... A irmã dele está no quarto?”
Alli saiu do quarto.
“Não mais...” O doutor mesmo respondeu. “Vou fazer os exames que são necessários, dou notícia pra vocês depois.”
Jake levou eu e Alli pra sala de espera, nós duas nos abraçamos e choramos juntas.
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Oi meninas, postado! Comentem e eu continuo, deem opiniões, por favor... Estamos na reta final e gostaria da opinião de cada uma de vocês, então comentem. xoxo



domingo, 21 de outubro de 2012

Capítulo 82



Daí em diante percebi que meu sonho estava acontecendo e Jake tinha levado esse tiro por mim, Alli se abaixou ao lado dele desesperada, meu coração estava quase saindo pela boca e eu tentava me soltar pra poder ver como ele estava, mas o cara era muito mais forte do que eu.
~POV Cody Simpson~
Cheguei em casa com meu pai, nosso chefe tinha deixado que pegássemos essa semana pra ficarmos nas buscas e tudo mais. O telefone tocou logo que entramos, novamente, eu corri pra atender.
~Ligação Onn~
“Alô?”
“Por favor, uma ambulância pro galpão no fim da estrada.”
“Hãm? Alli?”
“Galpão no fim da estrada.” Ela repetiu. “Vem logo!”
~Ligação Off~
Peguei as chaves do carro da mão do meu pai, ele me perguntou se era Alli e me seguiu até o carro, mas o convenci a ficar, dizendo que dava noticias depois. Saí com o carro antes que ele mudasse de ideia e me seguisse. Me aproximando do local, vi que tinham três carros parados, em um deles o motorista estava entrando e tinham três pessoas no banco de trás e uma delas era a Manu, eu não podia acreditar nisso.
~POV Manuela Albuquerque~
Eles não eram muito espertos, percebi isso quando pedi pra ficar até a ambulância chegar e eles, meio que, concordaram. Alli ligou duas vezes pra lá e eu não entendi o porquê... Como já estávamos esperando há um tempo, eles não quiseram esperar mais. Jake estava consciente o tempo que ficamos lá, isso me deixou mais calma. Notei que um carro estava nos seguindo e também notei que era o carro do tio Brad, Cody estava dirigindo. Mas como ele tinha chegado aqui? Fiquei olhando pra trás e um dos caras que estava ao meu lado olhou também.
“Quem ta seguindo a gente?”
“E-eu não sei...”
“É o seu namorado, não é?” ... “FALA!”
“É...”
“Então você vai mandar ele parar ou vai ser pior pra ele.”
“Não façam nada com ele, vocês querem a mim, não é? Deixem ele fora disso.”
“Desde que ele pare de nos seguir pode ser que não aconteça nada, manda ele parar agora.”
“Como?”
“Ligando, tem celular pra que, garota?”
Okay, eles não eram mesmo espertos. Peguei meu celular e disquei pro Cody.
~Ligação Onn~
“Amor, eu acabei de ligar pra policia, eles vão te tirar daí.”
“Cody, para de seguir a gente, por favor.”
“Não, não vou parar.”
“Eles disseram que se não parar vai ser pior.” Pausei. “Volta pro galpão e ajuda Alli e Jake.”
“O que aconteceu?”
“Volta e vê, só para de seguir.”
Me pediram pra que desligasse logo e parasse de enrolar.
“Manu, eu não vou parar.”
“Sim, você vai.”
Nós dois já estávamos chorando.
“Eu não quero te perder.”

“Você não vai, eu espero.”
“Eu te amo, te amo muito, mas não vou parar de seguir, não posso te deixar.”

“Eu te amo demais, cuida da nossa pequena por mim.”
~Ligação Off~
Quase voei quando eles não viram a curva,por estarem prestando atenção na minha conversa,e viraram o volante bruscamente. Depois disso, não vi mais o Cody. Ouvi ao longe as sirenes de polícia e os caras tremeram, estavam passando poucos carros na estrada e com certeza nós seriamos parados por eles.
“Solta ela e a gente continua, se formos pegos não vamos receber nada, pelo menos já temos metade do dinheiro.”
“E não ficaremos atrás das grades por sei lá quantos anos.”
Eles dirigiram por mais algum tempo, as sirenes ficavam cada vez mais próximas, eles tiraram as toucas e me deixaram tonta com uma coronhada na cabeça, me tiraram do carro em seguida. Eles foram ainda mais rápidos pra se afastarem de onde eu estava. As sirenes pararam, passaram duas ambulâncias em direção ao galpão e alguns carros de policia também, o último parou e um policial veio até mim.
“Esta tudo bem?” Ele me ajudou a levantar.
Assenti. “Só estou um pouco tonta.”
“Os caras que te pegaram acabam de ser detidos. Quer ir pra um hospital?”
“Não, eu estou bem, só me levem pra onde estão indo?”
“Estamos indo ver o que aconteceu em frente.”
“Tudo bem, me deixem lá.”
“Não, nós te levamos pra sua casa, senhorita.”
Do carro liguei pra Alli, ela me disse que estava à caminho do hospital com Jake e ele estava fora de perigo, porque a bala tinha pegado só de raspão. Perguntei se ela tinha falado com Cody, ela disse que não e isso me preocupou. Liguei pro número dele e ninguém atendeu. Os policiais pararam perto da curva, onde tinham outros carros de policia, as duas ambulâncias e muita gente. Desci com eles e tentei ver o que tinha acontecido pela barreira, não conseguia ver nada além de alguns paramédicos, pois as pessoas que estavam na minha frente não me deixavam passar. Fui até um dos policiais.
“O que aconteceu?”
“Um acidente, parece que o carro caiu da curva em alta velocidade.”
Um arrepio me subiu pelo corpo todo, os paramédicos começaram a subir com dificuldade por carregarem uma maca. Me aproximei deles quando subiram. Perdi meu chão, eu não podia estar vendo isso... Poucos minutos atrás eu e ele estávamos nos falando e agora ele estava assim? Eu não queria nem podia pensar em perdê-lo. Tentei me aproximar da ambulância, mas o policial me barrou.
“Não pode ir.”
“Sou namorada dele e tenho direito de ir na ambulância, não vai ser você que vai me barrar.”
Ele me deixou passar, estava desesperada e me joguei ao lado da maca, que estava no chão.
“Meu amor, vai ficar tudo bem.” Beijei a testa dele. “Não me deixa.”
O rosto dele estava totalmente ensanguentado, eu nunca esperava vê-lo nesse estado...
“Se afaste, senhorita. Vamos colocá-lo na ambulância.”
Colocaram aquele colete cervical no pescoço dele e o colocaram na ambulância.
“Moço, eu posso ir pro hospital com ele?”
“É da família?”
“Moramos juntos, sou namorada dele.”
“Tudo bem, pode entrar.”
Na ambulância, os médicos tentavam o reanimar a todo custo, mas não estava adiantando... Meu choro aumentou com a hipótese de perdê-lo, rezei por diversas vezes e algo deu resultado, o coração dele voltou, mas estava com poucos batimentos por minuto, ele perdia cada vez mais sangue. Antes, ele estava com medo de me perder e agora o medo era meu. Chegamos no hospital, os médicos o conduziram pra um lugar onde eu não pude entrar, me pediram pra que avisasse a família dele após fazer a ficha. Tomei coragem pra ligar, fiz o possível pra parar de chorar.
~Ligação Onn~
“Alô?”
“Tia Angie?”
“Manu, já estava preocupada, Alli acabou de me ligar.”
“Ela e Jake estão bem?”
“Sim, os sequestradores foram presos, ficou sabendo.” Pausou. “Mas, o que me preocupa é o Cody ter saído depois de ter falado com a Alli, pelo que pareceu, e não voltou nem deu notícias.”

“É sobre isso que eu preciso falar...” Suspirei.

“Você sabe dele?”
“Sei...”
“Onde ele ta, Manu?”
“Tia, a culpa foi minha... Eu distraí ele no telefone.” Voltei a chorar.
“Está me deixando preocupada, me diz o que aconteceu.”
“Ele... Ele sofreu um acidente enquanto seguia o carro em que os sequestradores me levavam.”
“Me-meu filho não!” Ela começou a chorar comigo. “Eu vou pra aí com o Brad, sabe me dizer como ele está?”
“Não, chegamos quase agora aqui.”
“E onde estão?”
“No hospital que o convênio cobre.”
“Teremos que levar a Kath também.”
“Tudo bem.”
“Chegamos aí em pouco tempo.”
~Ligação Off~
[...] Eles acabavam de chegar, desesperados, Kath dormia no colo do Brad. Meus olhos já estavam ardendo de tanto chorar.
“Já teve noticias, Manu?”
“Não tio, não me deixaram ver ele.”
“Eu avisei mais ou menos pra Alli e quando acabarem os pontos do Jake eles vem pra cá.” Tia Angie me abraçou. “Fica calma, querida, ele vai ficar bem, sei que vai.”
“Ele é forte.” Tio Brad sorriu de lado.
Ficamos sentados na sala de espera do hospital, até que um médico veio falar conosco.
“Família de Cody Simpson?”
Levantamos e fomos até ele.
"Como o Cody ta?"
Minha aflição aumentou pensando no que ele diria.
"O senhor Simpson entrou em coma profundo, eu sinto muito..."
Com a noticia, minhas pernas bambearam e eu cai na cadeira atrás de mim. Tio Brad foi o único que permaneceu de pé, mas com lágrimas inundando seus olhos. Abracei tia Angie e nós choramos juntas, ele se juntou a nós depois de colocar Kath deitada em uma poltrona. Alli e Jake chegaram, Alli já estava chorando e, ao nos ver daquele jeito, só chorou mais.
"O que aconteceu?" Jake perguntou e uma lágrima acabou escorrendo.
"O Cody ta em coma profundo, o doutor só nos disse isso." Tio Brad explicou.
Alli empalideceu e caiu na cadeira a meu lado. O semblante de Jake se desfez por completo, ele e Cody praticamente cresceram juntos. O silêncio ficou por um bom tempo entre nós, mas foi interrompido quando a pequena acordou.
"Mamãe? Cadê você?" Ela sentou assustada.
Fui até ela. "Mamãe ta aqui, meu amor."
"Aonde a gente ta?" Olhou ao redor.
Nota:
"Dorme, amanhã a gente conversa."
"E meu tetê?" Achei que ela não lembraria, mas sempre tomava leite com chocolate antes de dormir.
"Eu pego pra ela na lanchonete." Jake beijou o rosto dela e levantou.
"E o papai?"
Olhei pra Alli e ela deu sinal positivo pra que eu falasse.
"O papai ficou dodói, por isso estamos aqui." Coloquei ela no meu colo.
"Nós vamos cuidar dele? E porque a vovó ta chorando?" Apontou pra Angie que estava em frente a nós com Brad.
"Porque ela ta preocupada com o papai e amanhã nós cuidaremos dele."
Jake logo chegou com o leite pra ela, ela tomou e eu a fiz dormir. Não pregamos os olhos durante a noite toda. De manhã o médico pediu pra Angie entrar pra falar com o médico, mas ela pediu pra que eu fosse com ela pra me acalmar. Entramos no consultório branco e monótono e sentamos nas duas cadeiras de frente pro doutor.
“Bom dia.”
“Bom dia...”
“Chamei vocês aqui pra poder explicar a situação do senhor Simpson.”
“E qual a situação, além do coma?”
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O que o doutor vai dizer sobre o Cody? Comentem bastante e eu continuo logo ♥ e já sabem, qualquer coisa mandem pelo meu twitter @MyAngelSimpson4 , Xoxo