"Não faz nada com a Katheryn, Victória!"
Kath percebeu que eu estava falando com alguém,
pegou Buddy e veio pro meu lado. A coloquei atrás de mim.
"Fica aí, Kath."
"O que é isso na mão dela, mamãe?"
"Sem perguntas, Katheryn."
"Vamos parar com as perguntas e decidir quem
vai primeiro." Apontou pra arma e engatilhou.
Apertei a mão da Kath, não sei o que aconteceu,
mas ela caiu e a arma disparou. Harry. Mas, como ele tinha chegado aqui? Uma
roda se formou e os dois começaram a disputar a arma. Não consegui me mexer,
apenas fui pra trás de uma arvore com Kath pra me acalmar e acalmá-la. Dois ou
três disparos foram feitos.
"Mamãe, eu to com medo."
"Calma, pequena, calma." Beijei a testa
dela.
Olhei pra rua e Cody estava vindo, ele tinha um
semblante assustado.
"O que aconteceu?"
Abracei ele e caí em lágrimas.
"Calma, amor."
"Ai!" Soltei ele levei uma das mãos na
barriga.
"O que foi, mamãe?"
"Contração, preciso ir pro hospital, Cody."
Ele passou as mãos pelo rosto e ficou meio sem saber
o que fazer. "Dá pra ir até em casa?"
"Sim, acho que dá."
Kath não entendeu muito bem e ainda estava
assustada, Cody a levou no colo até em casa. As contrações iam focando mais fortes e
vinham de cinco em cinco minutos. O caminho que demorava dez minutos, acabou
demorando quase vinte.
"Aonde estão as coisas pro hospital,
amor?" Ele perguntou logo que entramos.
"No quarto dele, em cima da cômoda."
Cody subiu correndo as escadas.
"Pra onde nós vamos, mamãe?" Ela colocou
Buddy perto dos potinhos dele.
"Você vai pra casa da vovó, eu e o papai
vamos... Ai... Pro hospital."
"Meu irmãozinho vai nascer?"
"Acho que sim."
Cody desceu minutos depois, tinha pedido pra Kath
pegar os potinhos e o pacote de comida do Buddy. Deixaria a chave de casa com
Angie pra que pegasse as roupas dela.
~POV Cody Simpson~
Saímos de casa com o carro, desci com Kath e as
coisas do Buddy. Toquei a campainha umas 7 vezes seguidas e meu pai abriu.
"Filho,o que f... Não me diz que..."
"Sim, vai nascer."
"Cadê ela?"
"No carro, fica com a Kath e a chave, como
combinamos." Entreguei as chaves de casa.
"Tudo bem, boa sorte, filho." Ele me
abraçou.
"Obrigado, pai." Me abaixei e beijei o
rosto da Kath. "Até mais tarde, pequena."
Voltei correndo pro carro e saí rápido com o
carro. A praça estava lotada de carros de polícia e até ambulâncias.
"Para de correr! Eu vou ter essa criança aqui
no carro de tanto que ta pulando."
Diminuí a velocidade e demoramos um pouco pra
chegarmos ao hospital. As contrações dela aumentavam a cada minuto. Preenchi as
fichas e ela foi levada pra todos os procedimentos antes do parto. Esperei até
me chamarem, entrei no quarto e ela sorriu.
"Tudo bem?" Sentei ao lado da cama.
"Tirando as contrações sim."
"Já estourou a bolsa?"
"Ainda não, me disseram que ainda pode
demorar um tempo, eu fiquei nervosa com a Victória e tudo, então digamos que
meio que eu induzi o parto..."
"O que aconteceu lá?"
"Ela chegou com as provocações, só que dessa
vez ela tinha uma arma, ela queria matar eu e Kath... Mas, Harry chegou e
impediu, não sei o que aconteceu depois disso."
"Ela queria o que...?" Perguntei
incrédulo.
"Você ouviu, mas esquece isso."
"Essa vagabunda quem vai morrer, ela não
perde por esperar." Cerrei os punhos.
"A polícia vai dar conta... Ai..." Ela
se ajeitou na cama. "...disso, vamos entregar as provas contra ela."
Não discuti... Duas enfermeiras entraram no quarto
algum tempo depois. Fizeram alguns exames nela ligaram aparelhos.
"Bom, sua bolsa ainda não estourou..."
"Ainda pode demorar?"
"Pode ser que sim, se não romper, teremos que
estourá-la. Logo voltamos, qualquer coisa aperte o botão." As duas saíram.
"To vendo que isso vai demorar." Ela
revirou os olhos. "Filho, vamos sair logo?" Disse acariciando a barriga.
"Queremos te ver logo, pequeno."
"Pequeno e pequena agora, grande
responsabilidade pra nós."
"Nossa família está se formando." Sorri
bobo.
"E vamos demorar pra termos novos membros,
certo senhor Simpson?"
"Como quiser, senhora Simpson." Dei um
selinho nela.
Alguns minutos depois, a bolsa dela rompeu, agora
começaríamos o trabalho de parto. Daí as contrações só foram aumentando, em
pouco tempo o nosso filho estaria conosco. Esperava que Kath se empolgasse com
isso. 17h37 fomos pra sala de cirurgia.
"Vai dar tudo certo, princesa." Beijei a
testa dela.
"Vai... Ai... Ficar comigo, né?"
"Claro que eu vou."
"Vamos começar?" A doutora colocou as
luvas e se posicionou.
Manu respirou fundo, peguei na mão dela. A doutora
contou três pra que ela fizesse força, isso se repetiu por quase sete vezes.
"Estamos quase lá, a última. 1...2...3"
Ela fez força e ele nasceu, sentir a mesma emoção
pela segunda vez era inexplicável, aquele chorinho rouco me fez desabar em
lágrimas, a doutora o colocou no colo da Manu e nós sorrimos. Nossas lágrimas
se misturaram quando demos um selinho. Notei a Manu um pouco estranha quando
levaram o bebê pro balcão para os exames, ela estava pálida, muito pálida.
"Ta tudo bem?"
Antes que ela me desse qualquer resposta,
desfaleceu em meus braços. Me desesperei e briguei com um dos seguranças pra
ficar, mas eles não deixaram...
Fiquei andando de um lado pro outro na
recepção, precisava saber algo dela... Me mandaram pra um quarto, logo
trouxeram o pequeno e o colocaram no berço. Me abaixei ao lado do berço, ele
dormia, antes de tudo, bati uma foto dele e mandei pra Alli, ela trataria de
avisar pra todos. Ele tinha os cabelos castanhos, os olhos eram verdes, tinha a
boca parecida com a da Manu e o nariz com o meu. Diferentemente da Kath, ele
era mais parecido com a Manu, o que só me fazia pensar mais e mais nela... Só
queria vê-la, era difícil de eles entenderem que eu queria notícias da minha
esposa? Deslizei os dedos pela cabecinha do pequeno e sorri.
"O senhor é marido da senhorita
Manuela?" Um enfermeiro perguntou ao entrar.
"Sou, como ela está?" Levantei e fiquei
à frente dele.
"Bem, agora está no soro, foi um sangramento
além do normal, talvez pelo stress, mas já foi controlado."
"E eu posso vê-la?"
"Preferimos que fique aqui com o bebê, logo a
trarão pra cá."
"Tudo bem, eu espero."
Ele se retirou, me sentia numa poltrona e logo o
celular dela tocou. Era tia Marie, bom, não só ela, mas Alli, minha mãe, Jake,
nossos pais e até os pais biológicos dela. Falei um pouco com Kath e ela mal
esperava pra vê-lo. Desliguei quando trouxeram a Manu, sorri e peguei em uma de
suas mãos.
"Tudo bem agora, mô?"
"Tudo." Ela sorriu fraco.
"Mesmo?"
"Sim, só me sinto um pouco fraca. E nosso
pequeno, como está?" Ela tentou o olhar da cama, mas não conseguiu.
"Está bem e dormindo, logo pego ele pra
você." Sorri e ela abriu um sorriso também. "Vou confessar que tive
medo de não ver mais o sorriso que tanto amo."
Ela acariciou meu rosto. "Eu te amo."
Peguei sua mão e depositei um beijo. "Eu te
amo."
"Sempre vou amar..."
"... Por toda a eternidade..."
"... Ninguém nunca vai nos parar."
Colamos nossas testas.
Nos beijamos, beijo lento, demonstrando todo amor
de ambas as partes, terminamos com selinhos demorados.
"Você é linda, ainda mais com essa carinha de
mãe." Ri.
"Para, Cody, estou horrível assim."
"Shiiiu, você ta linda."
"Senta aqui comigo." Foi um pouco pro
lado, me dando espaço pra sentar.
Sentei-me a seu lado e ela deitou a cabeça em meu
ombro. Ficamos em silêncio por longos minutos. Alguém bateu na porta, pedi que
entrasse e minha mãe entrou, seguida do meu pai e dos dela. Eles foram direto
até o berço, nos olhamos e rimos.
"Estamos aqui, sabem?!" Manu disse
irônica e em seguida riu.
Eles nos olharam envergonhados. "Desculpem."
Continuamos rindo.
"Ele é lindo, se parece com você,
filha." Tia Marie sorriu.
"E o nome? Vão falar pra nós agora?"
Ela me olhou, olhei pro meu pai e em seguida pra
todos eles.
"Bom, não foi fácil escolher e eu peço pra
que não fiquem tristes... A Manu quem deu ideia e eu não tinha como negar, já
que é importante pra mim." Pausei.
"Fala logo, filho!" Minha mãe esfregou
as mãos.
Novamente olhei pro meu pai, o nome do nosso filho
é Bradley, como o do meu avô."
Os olhos do meu pai ficaram cheios de lágrimas ele
nos abraçou. "Não sei o que dizer pra vocês..."
"Gostou, tio?"
"Gostar é pouco, eu não tenho nem palavras."
~POV Manuela
Albuquerque~
Eles ficaram com a gente por um bom tempo, pedi
pra que trouxessem Kath no outro dia, porque eu já estava com saudades dela.
Ninguém merecia comida de hospital, então Cody avisou as enfermeiras e foi até
um restaurante buscar comida pra nós. Minutos depois, alguém bateu na porta,
estranhei, mas disse pra entrar. Era Hailey, o que me fez estranhar mais ainda.
"Posso?" Ela colocou a cabeça pra
dentro.
"Entra." Dei um pequeno sorriso.
Ela entrou, fechou a porta e sentou na poltrona.
"Encontrei Cody lá embaixo e me autorizou a subir."
"Tudo bem. Aconteceu algo?"
"Sim, mas antes, posso ver esse bebê
lindo?" Apontou pra Bradley.
"Pode sim."
Ela se abaixou ao lado do berço e ficou o
observando. "Você e Cody têm filhos lindos, parabéns."
"Obrigada." Ri.
Ela voltou pra poltrona. "Harry me contou o
que houve e pediu pra que eu fosse ver como estava, mas acabei encontrando o
Cody..."
"Harry está aqui?"
"No pronto-socorro."
"Ele está bem, Hailey?"
"Um tiro na barriga, mas já tiraram. Tenho
que te dizer que não deve mais se preocupar com a Victória..."
"Ela foi presa?"
"Bom... Na verdade não... Harry sem querer
acertou um tiro nela e..."
"ELA MORREU?" Arregalei os olhos.
"Sim... Harry está arrasado."
"Eu imagino, se não fosse meu repouso, eu iria
ver ele..."
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