domingo, 2 de setembro de 2012

Capítulo 63

As sirenes cessaram e deram lugar as luzes das viaturas ou ambulâncias, que invadiram o quarto pela janela. Minutos depois ouvi uma correria no corredor, pensei na possibilidade de ter acontecido um assalto, mas era quase impossível, teríamos escuto. Olhei pra Manu, ela dormia profundamente. Levantei sem fazer barulho, abri a porta lentamente e saí como estava, só de shorts. Levei um baita susto ao ver vários bombeiros, policiais ou paramédicos, não consegui identificar. Todos no estreito corredor.
“O que ta acontecendo?”
“Não sabemos direito...”
“Infarto, eu acho.” Um outro disse.
Fui até o quarto dos avós da Manu, mas me barraram na porta. Dois caras que pareciam armários.
“Não pode entrar.” Um deles disse.
“Eu quero saber o que ta acontecendo.”
“Como o senhor entrou aqui?”
“Acho que eu to morando aqui, né? Agora, posso passar?”
“Não, vai atrapalhar os procedimentos.”
“Puta que pariu! Eu quero saber o que aconteceu.”
“Quer ir preso por desacatos às autoridades?”
“Não...”
20 minutos depois Charlotte saiu do quarto.
“O que aconteceu, dona Charlotte?”
“Willian teve um infarto.”
“Como ele está?”
“Ele vai pro hospital, talvez ficar internado, eu não sei...”
“Quer que eu vá com a senhora? Deixo um bilhete pra Manu.”
“Não, fique com ela. Will vai me acompanhar até o hospital, só explica pra Manu o que aconteceu, ta? Pela manhã eu ligo pra dar notícias.”
“Espero que dê tudo certo.”

“Eu também...” Suspirou.
A maca saiu do quarto com ele, Charlotte foi para um carro de polícia com Will, todos os paramédicos e policias também foram embora e eu tranquei a porta. Subi de volta, Manu ainda dormia, já eu quase não preguei o olho. Ao amanhecer já tinha feito o café quando ela desceu.
“Bom dia príncipe.” Me deu um selinho.
“Bom dia princesa.” Retribui o selinho.
“Você que fez o café?” Sentou em uma das cadeiras.
“Foi sim.” Sentei de frente pra ela.
Comemos um pouco e ela fez uma careta algum tempo depois. “Acho que o cheiro do bacon não me faz bem...”
“Ta passando mal?”
“Um pouquinho.”
Coloquei o prato com bacon na bancada. Acabamos de comer e a pergunta, por qual eu me preparei tanto, chegou.
“Amor, cadê meus avós?”
“Você não ouviu uma movimentação pela madrugada?”
“Não, por quê?”
~POV Manuela Albuquerque~
Após suspirar ele se calou.
“Heim, Cody?”
“Eu não sei como te dizer isso...”
“Me fala logo.”
“É... Seu avô teve um infarto ontem... Mas, não sei como ele está, sua vó mandará notícias.”

Entrei em um pequeno estado de choque. Não sabia se tentava falar algo ou se chorava... Apenas congelei.
“Meu amor, fala alguma coisa...”
“O que, Cody? Eu to arrasada.”
Ele me envolveu em seus braços. “Eu sei disso, quer que eu ligue pra sua vó?”
Assenti e ele foi até a sala, voltou um tempo depois com um papel na mão.
“Quer ir até o hospital?” Ele perguntou e em seguida secou minhas lágrimas.
“Quero, tem o endereço?”
“Tenho.” Levantou a mão em que o papel estava.

[...] Minha aflição estava deixando Cody aflito também que, por diversas vezes, me pedia calma e pra ser forte, eu só abaixava a cabeça e chorava ainda mais, ao chegarmos fomos até a sala de espera, onde minha avó estava.
~POV Gabryel Albuquerque~
Depois da aula, Tom foi até minha casa jogar, pra não ficar sozinho e pra esquecermos um pouco a fuga da Manu e do Cody. Minha mãe não tinha ido pro trabalho e tia Angie estava junto com nossos pais à procura dos dois. Almoçamos e quando íamos ligar o vídeo game a campainha tocou, eu fui abrir. Eram Luiza e Fernando com o filho deles, Luiz. Eles cumprimentaram a gente e entraram, minha mãe veio da cozinha secando as mãos em um pano.
“Olá Marie, já podemos levar nossa princesa?”
“É... Na verdade não Fernando...”
“Como não?” Luiza se indignou.
“A Manu acabou fugindo pra não ir com vocês.”
“Fugindo? Como assim?”
“Estamos praticamente a forçando a fazer o que não quer por isso ela achou que fugindo se livraria de ir com vocês.”
Luiza passou Luiz parar Fernando. “E vocês está nessa calma?”
“Meu marido, Brad e Angie estão procurando enquanto eu fico com os meninos e espero pra ver se eles ligam pra casa.”
“Eles? Ela foi com alguém?” Pausou. “Me diz que não foi com aquele loiro, o tal namorado.” Fernando embraveceu o semblante.
“Ele é meu irmão! E cuida muito bem da namorada dele.” Tom disse num tom de voz um pouquinho alto.
“Marie, como deixa minha filha ir sozinha com aquele garoto?”
“Se eu tivesse deixado não seria uma fuga. Meio óbvio isso, né Luiza?”
“A culpa disso é de vocês, por não a educarem.”
~POV Cody Simpson~
Desde a hora em que chegamos, só agora tínhamos tido informações... Ele estava em estado crítico na UTI e corria risco de morte. Após a notícia, Manu apagou. Ela passou em consulta, mas a enfermeira disse que era um desmaio pelo susto...
~POV Alli Simpson~
3 dias depois, nada deles, mas nossos pais não queriam colocar a polícia no meio das buscas. Estava no clima com Jake quando meu Iphone tocou. Era um número que marcava “Restrito”.
~Ligação Onn~
“Alô?”
“Alli?”
“MANU!” Jake arregalou os olhos quando eu gritei.

“Não, não fala meu nome.”
“Só estamos eu e Jake, cunhada.”
“Só liguei pra dizer que estamos bem e pra perguntar como estão todos por aí.”
“Ta todo mundo louco atrás de vocês, mas de restante tudo bem.” Pausei. “To com saudades, cunhada.”
“Eu e Cody também estamos com saudades, cunhada.”
“Onde ele ta?”
“No banho.”
“E quando vocês voltam?”
“Assim que as coisas por aqui melhorarem.” Pausou. “Amiga, vou ter que desligar, estamos quase saindo.”
“Manda beijos pro Codes?”
“Mando, manda pro Jake?”
“Vou mandar. Ei cunhada, eu amo você.”
“Eu também amo você, cunhada.” Fez outra pausa. “Só não contem que eu liguei.”
“Fica tranquila.”

“Obrigada, xoxo.”
“Xoxo.”
~Ligação Off~
“Era a Manu?”
Era, Jake! Eles estão bem.” Abracei ele. “E ela te mandou beijos.”
“Quando eles voltam?”
“Segundo ela, quando as coisas melhorarem.”
“Que coisas?”
“Não sei...”

“Será que eles brigaram?”
“Acho que não, ela não estava com voz de quem brigou com o Cody.”
“E tem voz de quem brigou com o Cody, amor?” Ele riu.
“Tem, pra ela é voz triste.”
[...] O Iphone do Cody, que estava comigo esses dias pra caso eles entrassem em contato, deu bipe de sms de um número que não estava salvo na agenda.
“Sms. Será que é deles?”
“Acho que não, mas abre aí... Quem sabe.”
Abri e nela dizia: “Cody, estou com saudades:/ Tenho uma surpresa... Estou em GC!! Quando podemos nos ver? XX, Stella Hudgens”. Não, agora que o Cody tinha se livrado de vez da Hailey não!
“É a garota que o Cody namorou, não é?”
“É, amor... Apago ou deixo pra ele ver quando voltar?”
“Olha, pela sua amiga ciumenta, eu acho melhor apagar. Nós sabemos que o Cody era louco pela Stella... E se ele volta com o sentimento?”
“É, ta certo.” Apaguei a sms. “Espero que ele não descubra ou então que eles voltem quando ela já tiver ido embora.”
~POV Stella Hudgens~
1 mês e meio em Gold Coast. Talvez o tempo perfeito para laçar o Cody novamente ou, pelo menos, deixar ele balançado. Havia pegado o telefone dele com uma garota que se disse amiga dele, na frente do colégio em que ele estuda. Enquanto ele não respondia fui procurá-lo no twitter. Últimos tweets há 5 dias, a maioria melosos. “Como não estar feliz ao seu lado, princesa? @ManuAbq”; “Viveria a eternidade se você estivesse comigo.” E uma foto como essa:

Com legenda “eu te amo minha Manu.”. Não seria tão fácil, ou talvez fosse.
~POV Manuela Albuquerque~
A maior parte dos 3 dias nossa rotina era do hospital pra casa e vice-versa. Como agora mesmo já iríamos pro hospital. Meu avô estava acordado hoje, pelo que minha avó havia dito. Cody entrou comigo no quarto da UTI, eu não conseguiria ir sozinha. Ele sentou  na poltrona de espera e eu ao lado da cama. Ele sorriu pra mim com incentivo e eu comecei a falar.
“Vô?” Disse quase num sussurro.
“Manuela...” Ele disse com uma voz trêmula e fraca.
“O senhor vai ficar bem.” Depositei um beijo na mãe dele.
“Não princesinha... Chegou minha hora, quando chega a gente sente...” Ele abriu um sorriso sem forças. “Mas não pense que eu vou deixar de cuidar da minha neta, mas lá de cima, junto com todos os anjos que te protegem.”
Minhas lágrimas saíram de meu controle e começaram a rolar incessantemente. Um nó na garganta me impediu de falar qualquer coisa.
“Ei, chame seu namorado, quero lhe pedir uma coisa.”
Olhei pro Cody e o chamei com a mão, ele levantou e veio até nós.
“Quero pedir um favor, me dá esse direito?” Limpou com dificuldade a garganta ao perceber que a voz estava falhando.
“Claro, o que o senhor quiser.”
Meu avô tentou se ajeitar, mas os aparelhos o impediam. “Cuida da minha netinha? Ela vai precisar de você e, por favor, não faça ela sofrer.”
Cody me olhou e eu não parava de chorar.
“Vou cuidar dela até quando eu não puder mais, mas o senhor vai me ajudar.”
“Não daqui, garoto... Não daqui...” Ele pegou uma caixinha na pequena mesa ao lado e me entregou. “Só abra quando eu me for. Dentro dela tem algumas instruções para achar seu presente. Faça isso logo depois que receber a notícia, é meu último pedido.”
Ia perguntar sobre a caixinha pra ele, mas o doutor entrou no quarto, me interrompendo.
“O paciente tem que descansar.”
“5 minutinhos?” Cody pediu.
“Não posso, amanhã vocês voltam.”
“Vô, fique bem.” Depositei um beijo em seu rosto. “Eu amo o senhor.”
“Também amo você, princesinha.”
Acenei com a mão livre da porta e o doutor quase nos expulsou de lá. Voltei a me afogar em lágrimas, mas agora abraçada com o Cody.
“Ele vai ficar bem, amor.” Beijou minha testa.
“Eu não sei... Quero acreditar, mas não sei, amor.”
Uma hora depois, Will chegou e nós fomos pra casa. Passei mal de novo e não jantei. 23h o telefone tocou, desci correndo pra atender e Cody me seguiu.
~Ligação Onn~
“Alô?”
“Manu?”
“Sim, é você vó?”
“É, querida...”

“Aconteceu alguma coisa? Sua voz está estranha... Meu avô ta bem?”
Ela começou a chorar. “Manuela, seu avô faleceu...”
O telefone caiu da minha mãe e eu no sofá e em lágrimas também. Cody pegou o telefone, mas a ligação já tinha caído.
“Ele se foi, Cody... Se foi...”
Ele me abraçou forte e eu acabei sentindo algumas lágrimas no meu ombro. Momentos com meu avô passaram em minha mente...
“Ele ta melhor lá, princesa.” Beijou meu rosto. “Ele ia sofrer se continuasse no hospital...”
“Mas eu vou sentir falta dele...”
Lembrei da caixinha que ele pediu que eu abrisse logo depois de receber a notícia. Dentro dela havia uma chave e um papel com a letra dele “Segunda gaveta da escrivaninha, na caixa rosa, lá tem seus presentes.”. Olhei meio confusa pro Cody.
“Quer ir sozinha?”
“Não, vai comigo? Por favor.”
Fomos para o escritório e eu abri com a chave a segunda gaveta da escrivaninha, encontrei a caixa rosa, que ocupava a gaveta toda.
“O que será que tem aqui?” Limpei as lágrimas.
“Abre e me fala, amor.”
“Eu sei que vou chorar, seja o que tiver aqui...”
Abri a caixa e encontrei...
~~~~~~~~ 
Meninas, eu to amando os comentários com opiniões, continuem assim! E aí, o que será que tem na caixa rosa? Hahahahahaa. Comentem e eu continuo. Xoxo


8 comentários:

  1. AMIGAAAAAAA TA LINDO, MDS QUE PERFEITO!! E VOCÉ ME DEIXANDO CURIOSA COMO SEMPRE AUHSUAHSUHS AI MDSSSSS 💜

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  2. AAA não faço ideia, só sei que chorei qdo o avô dela falou que tinha chegado a hora dele :´( Continua rápidooo

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  3. aiiiiiiiiiiiiin, que liiiendo , manu ! deve ter alguma carta dele dizendo que ama ela e talllz , ta lindo continua ! naath ((:

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  4. :( Tadinho do vovô da manu :( CONTINUA!! ah.. não sei.. pode ser que tenha alguma foto deles sei lá.. bjos E CONTINUA FAST!

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  5. Ai meu deus ! Agora eu tô curiosa u.u CONTINUAT TA LINDO *--*

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  6. aaaaaaaaaaaa Agora eu tô curiosa eu não faço ideiao que tem na caixa mais continua por favor to amando demais :) @paolas2_

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  7. tãooooooooooooooo lindo :')
    o que tem a caixinha? o que tem?

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