Capítulo 73

“Boa tarde.”

“Boa tarde, meninos.”

“Já conhece a Manu, né tio?”

“Mais ou menos, nós vimos umas duas vezes.” Ele disse enquanto acabava de arrumar a maca do ultrasom.

“Quem diria que três meses depois eu voltaria aqui, só que agora com a mulher que eu mais amo...”

“Awwwn amor.” Ela me abraçou por trás e encostou a cabeça no meu ombro.

“Ansioso pra dessa vez dar certo?”

“Opa, claro.”

“Já vai dar pra sabermos o sexo, doutor?”

“Doutor não, Joseph, por favor. Bom, isso depende muito, eu espero que dê, de quantas semanas você ta?”

“13 semanas.”

“É com esse tempo que esperamos ver o sexo, mas temos 10% de chances de estar errado, na maioria dos casos não dá errado, mas é só pra avisar.” Pausou. “Podem vir pra cá.”

Fomos pra lá, ela deitou na maca e eu sentei a seu lado, dei um beijo em sua testa. Entreguei o dvd, ele colocou na máquina e começou a passar o gel na barriga dela, meu coração acelerava cada vez mais... Primeiro os batimentos invadiram a sala, em seguida o monitor ligou e começou a se formar o corpinho. Não conseguia tirar os olhos do monitor, eles estavam transbordando em lágrimas e um sorriso estampava meu rosto.

“E ai?” Eu e a Manu perguntamos juntos.

“Ela esta muito bem, como deve estar em 13 semanas.” Ele sorriu. “Parabéns, terão uma menina.”

Demos um selinho e sorrimos. Ele continuou gravando por mais alguns minutos, depois tirou o dvd, guardando-o na caixinha.

“Felizes?”

“Muito.”

“Esperavam que fosse uma menina?”

“Mais ou menos, meio que, eu sentia.”

“Normal, Manu, toda mãe sente.”

As outras checagens nela e no bebê foram feitas e nós fomos embora depois.

“Gostou da notícia, amor?”

“Claro, vamos ter uma princesinha, eu espero que ela seja linda como você.”

Paramos de andar e ela me beijou. “Eu te amo, príncipe.”

“Eu te amo.”

Voltamos a andar com as mãos dadas e ela perguntou. “Vamos contar hoje?”

“Pra minha irmã?”

“É, eu não vou conseguir esconder.”

Ri. “Okay, vamos passar na sua casa pra fazer algumas cópias?”

Na casa dela fizemos as cópias, 6 no total, ela trocou de roupa e nós fomos pra minha casa. Alli e Jake estavam se amassando na sala.

Cocei a garganta e eles pararam.

“Eeeeeh irmão chato, pqp.”

“É por uma boa causa.”

“Isso aí, quem quer ganhar presente adiantado?” Manu balançou a caixinha do dvd.

“Eu quero!” Alli levantou os braços feito uma criança.

“Espera... Não é filme romântico, é?”

“Não, broh.”

Manu me entregou o dvd e sentou ao lado da Alli. Coloquei-o no aparelho de dvd e me juntei a eles. “Posso colocar?”

“Pode.”

Dei o play e novamente me emocionei. Notei que Manu, Jake e Alli também. Minha irmã estava com os olhos cintilantes quando uma lágrima escorreu.

“É o meu melhor presente.” Ela abraçou a Manu.

“Não chora ou eu choro junto, amiga.”

“Gente, só eu notei ou é uma menina?”

“Ta certo, é uma menina.”

Alli arregalou os olhos. “Sério?”

“Sério.”

“Meu Deus! Eu vou ter uma sobrinha!”

Manu me olhou, eu assenti e ela voltou a olhar pra ela. “Sobrinha não, afilhada! Sua e do Jake.”

Os dois ficaram meio paralisados.

“Vocês aceitam?” Perguntei rindo.

“Eu não sei o que dizer...”

“Nem eu...”

Menu riu da cara que eles fizeram. “Sim ou não seria uma boa.”

“Claro que sim.” Jake por fim respondeu.

Meu pai desceu as escadas. “Reunião de casais?”

“Mais ou menos, pai. Eu ganhei meu primeiro e melhor presente de todos os aniversários.”

Meu pai se impressionou pelo jeito que ela falou. “O que?”

Entreguei uma cópia do dvd pra ele, uma pra Alli e uma pra Jake.

“Vou colocar pra você, ta pai?” Alli pegou o controle da minha mão e deu play.

Meu pai sentou no outro sofá e teve a mesma reação que nós. “Há muito tempo eu não via um ultra.” Ele disse sorrindo.

“Todo mês vai ver o da sua neta.”

“Então é menina?”

“É sim, tio.”

“Parabéns!” Ele abraçou a gente.

~POV Manuela Albuquerque~

Conversamos por um tempo na sala e, como o tio Brad não ia trabalhar, Alli teve uma ideia.

“Vamos pro shopping, gente?”

“Vamos.” Concordei.

“Sério, amor? Achei que íamos ficar em casa... Juntos...”

“Lá também vamos estar juntos. Vamos, por favor, amor.” Fiz beicinho.

“Okay, vamos.” Ele se rendeu.

“Vamos, pai?”

“E seu irmão vai ficar sozinho?”

“Ele ta jogando e logo a mãe chega, são...” Ela olhou no relógio. “...14h25.”

“Okay, vou avisar pra ele.”

“Porque não deixa ele com meu irmão?”

“Pega ele lá e os dois ficam aqui.”

“Okay.” Levantei.

“Fica aí, princesa. Eu busco ele.” Cody beijou minha testa e saiu de casa.

Tio Brad subiu pra falar com Tom e alguns minutos depois Cody voltou com meu irmão. Ele sentou no meu colo.

“Nem falou direito comigo hoje, né?”

“Desculpa irmãozinho, eu tava meio ocupada.”

“Quando não é o namorado é o irmão, heim Manu.” Jake riu. “Ta solicitada.”

“Cala a boca, Thrupp.”

Gabe subiu pra assistir o que Tom tava vendo e nós fomos pro shopping depois que o tio avisou tia Angie. Já lá no shopping, não quisemos ir ver filme e logo nos separamos, Alli e Jake foram ver sei lá o que, Brad foi comprar algo pra tia Angie e eu e Cody ficamos dando voltas pelo shopping.

“Acho que era melhor ter ficamos em casa, não acha?”

“Não, a gente pode fazer alguma coisa.”

“Tipo o que? Ficar dando mais voltas?”

“Para de ser chato. Se você quiser, nós podemos jogar.”

“Okay...”

No meio do caminho pro salão de jogos parei na frente dele e me virei.

“Vai... Fala o que você quer fazer.”

“Ir pra casa.”

“Por quê?”

“Pra ficar com você.”

“E aqui você não ta comigo, Cody? Poxa, a gente quase nunca saí depois que eu tive aquele acidente com a Alli... É da escola pra casa, de casa pra escola.”

“Amanhã a gente vai viajar, isso não é sair?”

Me encostei na mureta e o encarei. “Agora me fala o porquê disso tudo.”

“Por nada.”

“Fala.”

“Porque eu tenho medo.”

“Medo de quê? De eu sair e arrumar outro? É isso?”

“Não, não é isso.”

“Então fala de uma vez o que é!”

“Medo de você perder nossa filha. Sua gravidez pode estar em risco por causa do acidente, já parou pra pensar nisso? E se algo assim acontecer, eu não vou me perdoar por não ter cuidado de vocês.”

Me calei por um momento, mas voltei a debater com ele. “Cody, quando eu voltei pra tirar os pontos o doutor disse que tudo estava bem.”

“Mas Manu... O foco é, e se não estiver?”

“Para, você ta começando a me assustar.”

“Então começa a se cuidar.”

“Ficando trancada em casa, se minha gravidez for de risco, não vai adiantar nada.”

Ele deu um suspiro. “Te dou mais liberdade e você faz um pouco de repouso, pode ser?”

“Pode, desde que você cumpra sua parte.”

“Eu vou cumprir se você cumprir a sua.”

“Vou cumprir, okay?”

Ele me envolveu pela cintura. “Desculpa estar sendo chato, mas você e a nossa menina são tudo pra mim.” Acariciou minha barriga.

“Ta querendo me fazer chorar? Se quiser ta quase dando certo.”

“Não, eu não quero. Não chora, princesa.” Colocou meu rosto entre as mãos e me deu dois selinhos.

“Dá pra vocês saírem do meio do caminho?” Uma velhinha mal encarada disse. Só então percebemos que estávamos na frente de uma loja com entrada pequena, começamos a rir e saímos de lá.

“Quer comer alguma coisa?”

“Como adivinhou?”

“Estamos andando em direção à praça de alimentação.” Ele riu.

“Nem tinha percebido, mas já que estamos indo mesmo...”

“O que vai querer?” Ele perguntou ao começarmos a ver os lugares.

“Quero...” Pensei um pouco. “Big Mac e batata grande.”

“Tudo isso é fome?”

“Não, tudo isso é gravidez.” Respondi enquanto ria.

“Pega uma mesa enquanto eu busco os lanches, ta?”

Concordei. Peguei uma mesa perto de onde estávamos, ele comprou os lanches e voltou pra lá. Ao acabarmos de comer recebi uma sms da Alli perguntando onde estávamos, respondi e algum tempinho depois ela, Jake e Brad vieram até nossa mesa.

“Íamos chamar vocês pra comer, sabem?” Jake disse.

“Eu tava com fome.”

“Que novidade.”

“Ei, é normal!”

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E ai, o que acharam? Comentem e eu continuo <3 Xoxo