Os dois desceram rapidamente e
ficaram pálidos ao nos ver.
“O-o que fazem aqui?” Fernando
perguntou parado ao lado de Luiza no segundo degrau.
“Saudades, mamãe e papai.” Ela
sorriu irônica.
Cutuquei ela. “Não provoca.”
“Mamãe e papai? O que ta
acontecendo?” Eles continuaram parados no mesmo degrau.
“”Nada. Só vim ver vocês e meu
irmãozinho também, Laura me disse que ele estava doente... O que ele tinha?”
“Não sabemos direito, cada médico
nos disse uma coisa.”
“Talvez tenha sido pra pagar a
língua de vocês, não?”
...
“Me digam como puderam ser tão
frios a ponto de pedirem pro Cody sumir com a bebê? Como?” Percebi a voz dela
ficar chorosa. “Mesmo eu não querendo, a Kath é neta de vocês. Doeu muito
descobrir o que disseram, por mais que não quisessem que eu fosse mão cedo...” Tomou ar. “Vocês não tinham o mínimo direito
de interferirem em algo na minha vida!”
“Filha, nós só queríamos te poupar
dessa responsabilidade.”
“ME POUPAR? Me poupar? Vocês são
ridículos! Mas, graças a Deus, o Cody não ouviu vocês.” Algumas lágrimas já
rolavam pelo rosto dela, pelo pós-parto, ela estava muito sensível... Queria
muito tirá-la dali. “Eu não preciso de vocês mandando na minha vida, muito
menos opinando na da minha filha, tenho certeza de que eu vou ser uma boa mãe
pra ela e eu vou apoiá-la quando ela precisar.” Limpou as lágrimas e levantou,
levantei com ela. “Espero que o Luiz fique bem e não precise um dia saber o
porque de quase ter morrido.”
Ela os deixou sem fala alguma e nós
saímos e lá. Em prantos, Ela me abraçou.
“Calma, não vale a pena ficar assim
por eles.” Beijei o rosto dela. “Não chora, não gosto de te ver chorar.”
“Eles são horríveis, Cody,
horríveis.”
Olhei nos olhos dela. “Princesa,
levanta a cabeça senão a coroa cai.”
Ela deu um pequeno sorriso em meio
as lágrimas. “Eu te amo.”
“Eu te amo muito mais do que você
pode imaginar.”
Entramos no carro e tava bem
difícil dirigir com ela chorando.
“O que eu posso fazer pra te deixar
melhor?” Perguntei sem tirar os olhos da rua.
“Acho que nada, amor...”
“Nem se eu comprar aqueles
chocolates que você adora?”
“Não, isso só funciona quando eu
brigo com você...” Riu e limpou as lágrimas com a costa da mão.
“Eu sabia, só queria que risse.”
Sorri ao estacionar na frente de casa.
Depois de amamentar a pequena, dar
banho e a fazer dormir, Manu disse que iria comprar algumas bobeiras no
mercado. Um bom tempo depois estranhei ela ainda não ter chegado. Desci e
encontrei minha mãe e Alli na cozinha preparando alguns biscoitos.
“Vocês viram a Manu?” Perguntei ao
roubar uma daquelas gotas de chocolate.
Minha mãe bateu na minha mão e riu.
“Não filho, porque?”
“Viram ela saindo?”
“Há mais de uma hora...” Alli
falou. “Como você tava lá em cima, achei que ela já tinha voltado.”
“Não voltou... O mercado é aqui do
lado, pô. Eu vou atrás dela, se incomodam de olhar a Kath?”
“Claro que não, filho.”
Subi, coloquei uma camisa, pedi
ajuda pro Tom pra descer o carrinho enquanto eu levava a Kath, ele ficou na
sala brincando com ela, que estava no carrinho.
“Eu vou lá, ta? Espero não demorar
e achá-la...”
“Boa sorte.” As duas disseram.
“Quer que eu vá com você, maninho?”
“Não, fica aqui com a mãe.”
Ao passar pela sala, dei um beijo
na testa da Kath.
“Papai já volta, princesa.”
Ela sorriu enquanto me olhava
curiosa.
“Cuida dela, heim Tommy?!”
“Pode deixar, mas aonde você vai?”
“Procurar a Manu, volto logo.”
“Porque vai procurar? Ela sumiu?”
“Depois explico, agora tenho que
ir.”
“Tudo bem, boa sorte então.”
“Obrigado.”
Peguei as chaves do carro em cima
de mesinha e saí com o mesmo. Passei no mercado e mostrei a foto dela no Iphone
para as meninas do caixa, uma delas me disse que ela tinha passado as coisas
com ela há quase 2 horas.
“Tem certeza de que foi esse tempo
todo?”
“Absoluta.”
“Viu pra qual lado ela foi?”
“Pra aquele.” Apontou pro lado
oposto de casa.
“Obrigado...” Disse um pouco
decepcionado e saí do mercado.
Entrei no carro e, antes de colocar
o sinto, olhei pra nossa foto no celular.
“Cadê você, amor?” Suspirei e o
coloquei no bolso.
Dirigi sem direção pro lado oposto
de casa, entrava em ruas, saía de ruas, parava em alguns comércios, ninguém
tinha visto ela, minha última esperança foi uma pequena lanchonete à beira de
estrada, só se via estrada depois daqui... Passei a foto de mão em mão, recebi
as mesmas respostas “não vi”, “não me lembro de ter visto”, o último a pegar a
foto foi um velhinho, ele a observou por algum tempo.
“Garoto?”
Me aproximei dele. “O senhor a
viu?”
“Há mais ou menos uma hora.” Me
entregou o Iphone. “Estava sentando ali fora
e estranhei uma garota tão jovem estar indo em direção à estrada.”
“Pra lá?” Apontei pra estrada.
“Sim. É sua namorada, irmã...?”
“Namorada, ela não voltou pra casa
há algum tempo e resolvi procurar por ela. Obrigado por ter me ajudado.” Sorri
gentil.
“Por nada, boa sorte.”
Voltei pro carro e comecei a pensar
em pra onde ela teria ido... Okay, ela estava triste e queria ficar sozinha,
mas não precisava ir tão longe e me deixar quase alucinado a procurando...
Pensei no meu lugar “secreto”, mas ela não desceria as rochas sozinha –ou desceria?
Peguei meu caminho até lá, tudo estava deserto. Estacionei no mesmo lugar de
sempre e comecei a descer. Meu coração se confortou ao vê-la sentada cabisbaixa
com um graveto mexendo na água. Sentei ao lado dela e ela me olhou por cima dos
ombros.
“Porque tão longe? Eu rodei a
cidade toda, Manu...”
“Desculpa... Precisava ficar
sozinha.”
“Olha pro seu joelho, amor? Todo
estourado... Poderia ter ficado em casa e eu tentaria te ajudar.”
“Esse lugar me deixa bem, como te
deixa quando você vem... Lembra quando me disse isso?” Tirou os olhos da água e
me olhou. “Desculpa se te deixei preocupado, não era a intenção.”
“Tudo bem, só não faça isso de
novo.”
“Quer um doce?” Ela me esticou a
sacola que estava em seu colo.
“Não, obrigado.” Sorri. “Lembra de
quando eu me declarei bem aqui?”
Ela riu. “Como eu poderia esquecer
um dos melhores dias da minha vida?”
Ri. “O dia da minha mudança
definitiva, de ‘pego todas’ pra romântico, quem imaginaria Cody Simpson assim?”
“Acho que nem eu imaginava.”
Me endireitei de modo que ficasse
encostado em uma rocha e ela sentou entre minhas pernas com a cabeça no meu
ombro.
“Vou te contar uma história que
veio na minha cabeça esses dias, logo que a nossa pequena nasceu... Sabe aquele
cara lá de cima? Ele juntou um garoto e um anjo, sabia? Quando o garoto nasceu
ele logo disse ‘esse cara vai cair muito na vida e precisa de alguém que o
ensine o verdadeiro valor do que é viver amando alguém’ e ai ele teve a ideia
de colocar um anjo na terra, há principio esse anjo não encontrou o garoto
porque a história dela tava meio conturbada do outro lado do mundo, mas logo
ele deu um jeitinho pra que o anjo e o garoto se encontrassem. O garoto não
ligou muito pro anjo e achou ser só uma pessoa comum, com o passar do tempo
tudo foi mudando e, bom, o garoto se apaixonou, não queria de jeito nenhum
fazer aquele anjo sofrer e mudou, mudou completamente. Uma mudança boa, muito
boa pra ele. Com isso, Deus deve estar sorrindo com ar de missão cumprida lá de
cima, pois o garoto aprendeu o que nunca pensou aprender...” Ela ouvia a tudo
com os olhos cheios de lágrimas e os meus estavam do mesmo jeito. Depositei um
beijo em sua testa e prossegui. “... Aprendeu o sentido do tão falado amor
correspondido, aprendeu que quando se ama o suficiente é pouco, o significado
de um ‘eu te amo’ verdadeiro, o valor de uma nova vida... E que tudo na vida
tem uma consequência e a minha consequência é te amar.” Olhei pro alto pra que
as lágrimas não escorressem. “Agradeço todos os dias por eu ser o garoto e você
ser meu anjo, eu te amo. E... essa é nossa história.”
Ela se virou pra mim e colocou uma
das mãos no meu rosto, secando com o polegar a lágrima que escorreu. “E-eu to
sem palavras como sempre...”
“Não quero que diga nada, meu anjo,
só me dá um beijo e aquele sorriso lindo.”
Ela me beijou e sorrimos entre o
beijo. Aproveitamos por mais um tempinho, mas resolvemos ir, já estava
escurecendo e a Kath precisava de nós. Logo nossos pais ficariam preocupados,
principalmente por não saberem se eu tinha achado ela. Pra subirmos de volta
foi um grande sacrifício pelos joelhos dela, mas no fim estávamos no carro.
“Tem algo pra fazer um curativo no
meu joelho lá em casa?”
“Não sei, por via das dúvidas,
vamos comprar na farmácia.” Comecei a dirigir. “Amor, liga lá pra casa pra
avisar que eu te achei antes que a polícia venha atrás de nós.” Ri.
~POV Manuela Albuquerque~
Liguei pra tia Angie e ela quase
teve um filho por telefone de tão desesperada por não termos chegado ainda,
Cody estava indo um pouco rápido pra chegarmos mais rápido em casa, passamos na
primeira farmácia que encontramos e ele comprou as coisas necessárias pro
curativo. No carro mesmo eu fiz o curativo. Entramos em casa e meus pais já
estavam lá também. Fomos rodeados de perguntas logo que abrimos a porta.
Expliquei tudo pra eles e eu estava morrendo de fome há essa hora.
“Amor, prepara alguma coisa pra eu
comer enquanto eu dou banho na Kath?”
“Claro.” Ele beijou meu rosto e foi
até a cozinha.
Nossos pais subiram junto e nossos
irmãos também, o quarto ficou bem cheio. Acabou que minha mãe e tia Angie que
deram banho nela de tanto insistirem. Depois de amamentá-la, Cody me entregou
meu lanche. Todos eles desceram e só Alli ficou no quarto.
“Ta melhor agora, cunhada?”
Coloquei a pequena deitada na cama,
como a rotina dela era mamar e dormir, já estava dormindo, e me ajeitei na
cama. “É, to sim.”
“Onde você tava?”
“No...” Lembrei que ninguém sabia
do lugar. “Em algum lugar por aí.” Ri.
“Poxa, não vai me contar?”
“Não, desculpa, mas é segredo meu e
do seu irmão.”
Ela fez beicinho. “Poxa... Mas eu
pensei besteira agora.” Riu maliciosa.
“Não é nada do que você ta
pensando, maliciosa, eu ainda estou em recuperação, esqueceu?”
“Mas se não tivesse eu saberia onde
vocês estavam.”
“Chega desse assunto.”
Nós duas começamos a rir e Cody não
entendeu nada ao entrar no quarto.
“Porque estão rindo desse jeito?”
Sentou na cama com cuidado pra não acordar Kath.
“Sua irmã é uma maliciosa.”
“Minha irmãzinha?”
“Sua namorada que dá a entender as
coisas erradas.”
“Okay, oficialmente, eu não estou
entendo nada.” Riu.
“Esquece.” Dissemos juntas.
[...] 3 da manhã estava acordada
com Kath chorando, a levei pro nosso quarto e Cody já estava acordado também,
ele ligou a tv, deixando sem volume e ficou me olhando tentando a fazer dormir.
Depois de amamentar ela novamente, ela dormiu.
“Deixa ela aqui.” Ele disse após
desligar a tv.
Fechei a porta e a coloquei no meio
da cama, me deitando do outro lado. “Espero que ela não acorde, amanhã você tem
aula, precisa descansar.”
“Tava pensando em...”
Interrompi. “Não, você já faltou
hoje.”
“Okay mamãe.” Ele revirou os olhos
e riu.
“Boa noite.” Dei um selinho nele.
“Boa noite, princesa.” Retribuiu o selinho.
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Bom, meninas, estamos quase chegando na reta final da fic e prometo muitas emoções hahahhahhahaa, eu tava inspirada pra escrever coisas fofas (não sei se ficou bom, maaaaas...) comentem com o que acharam do capítulo, okay? Quanto mais comentários maior e mais rápido o próximo capítulo (: Ah, bem-vinda leitora nova, espero que esteja gostando, se quiser deixa seu twitter e eu aviso quando postar o próximo <3 xoxo
awn Manu que coisa mais linda quase chorei amei demais continua por favor aaaaaaaaaa ta lindoooooooooooooooooooooooooo demais (: @Paolas2_
ResponderExcluirAmiga, que lindo *-----* Ficou muito "aaaanw", ta afim de me emprestar um pouco de criatividade? -sqn hahaha Continua logo, ficou muito perfeito bf... E vou chorar por estar na reta final )':
ResponderExcluirMuito fofo *---* continua ;)
ResponderExcluirManuuu ta mto perfeito seu imaginee o Cody ta tao fofo estou amandooo *----*
ResponderExcluirContinua <3