Na rua de casa nos olhamos e
começamos a rir descontroladamente do nada.
“Parecemos loucos.” Ela disse.
“Não parecemos, nós somos,
princesa.” Troquei o violão de mão pra que pudesse abraçar ela.
“Tia Angie vai nos matar.”
“Pelo menos uma bronca vamos levar,
se ela tiver de bom humor só isso.”
Encaramos a porta e, então, toquei a campainha. Já estava tudo apagado, mas não
tínhamos levado as chaves. Lá de baixo ouvimos a pequena acordar com o barulho
da campainha e em seguida as luzes se acenderam. Meu pai abriu a porta com a
maior cara de sono e susto. Rimos mais ainda.
“Entrem logo.” Ele respirou fundo
por ver que éramos nós.
“Calma, pai, respira.”
“Estão achando engraçado, né?” Ele
segurou pra não rir enquanto fechava a porta.
“Só um pouquinho, sogrão.”
“Vocês acordaram a bebê e tão
molhando a casa toda. Vou dar uma de Angie agora, já pra cima e depois não
quero ver um pingo de água aqui no chão.” Imitou a voz da minha mãe.
“Eu to ouvindo, Brad!” Ela disse
enquanto descia com Kath no colo. “Mas é isso mesmo, já pra cima e sequem o
chão depois. Fico com a Kath até vocês se secarem ou passam resfriado pra ela.”
Sentou no sofá.
Ainda rindo, nós subimos pro
quarto, tomamos um banho e colocamos uma roupa quente, eu fui buscar a Kath e
minha mãe já tinha nos livrado de secar o chão. Voltei pro quarto com ela, Manu
a amamentou.
“Posso tentar fazer ela dormir?”
“Claro.” Me passou ela.
Enquanto a balançava cantei uma
música bem calminha e ela logo dormiu, a coloquei em seu quarto e voltei pro
nosso.
“Foi bem, geralmente, ela demora
pra dormir.”
“Pai é pai, né amor?” Ri e me
deitei ao lado dela.
“Vamos precisar do senhor pai todos
os dias.”
“Senhor pai às suas ordens,
senhorita.” Fiz uma voz daquelas de narradores de radio de antigamente, mas um
pouco mais grossa.
“Mô?”
“Oi?”
“Eu te amo.”
“Eu te amo.”
Ficamos nos beijando por um tempo e
depois fomos dormir, perdi a hora no outro dia e nós resolvemos dar uma volta
com Kath até a praça, perto da hora do almoço.
~POV Manuela Albuquerque~
Fui comprar sorvetes pra nós porque
o calor estava imenso. Enquanto pagava, escutei alguém me chamar e em seguida
abraçar minha cintura, eu conheci essa voz.
“Eu tava com saudades, irmã.”
“Eu também, Laura... Nem foi mais
me ver.”
“Mamãe disse que não era pra eu ir
e também, só agora, que nosso irmão se recuperou.”
“Hãm? O que ele tinha?”
“Eu não sei direito, ouvi a mamãe e
o papai dizendo que não sei qual bebê nem deveria nascer e depois disso o Luiz ficou
mal e quase morreu... O Gustavo falou que foi porque eles não deveriam ter dito
isso.”
“E agora ele ta melhor?”
“Ta sim, há duas semanas ele saiu
do hospital.”
“Oi.” Gustavo se aproximou e me
cumprimentou. Já conhecia ele há desde que havia se mudado pra cá, mas nós não
tínhamos qualquer intimidade, muito menos amizade. “Vamos pra casa, Laura?”
“Eu quero ficar mais com minha
irmã.”
“Mas...”
“Por favor, levo ela depois.”
“Okay... Não muito tarde porque nós
vamos sair.”
“Tudo bem, é só por um tempo.”
Ele se despediu e seguiu seu
caminho, comprei um sorvete pra Laura.
“Vou te apresentar uma pessoa.”
Disse enquanto andávamos em direção a onde o Cody estava, mas ainda estávamos
um pouquinho longe do banco.
“Quem? Você terminou com seu
namorado e agora tem outro? Eu gostava dele...” Ela disse enquanto abria o
sorvete.
Ri. “Não, nós estamos muito bem, é
outra pessoa.”
Ao chegarmos no banco ela estranhou
ter um bebê no colo do Cody.
“Oi cunhado.” Cumprimentou ele.
“Oi baixinha.”
“É sua irmãzinha?” Apontou pra Kath
e sentou na ponta do banco, me dando espaço pra sentar ao lado do Cody.
Cody riu. “Não, ela é a nossa
filha.”
“Isso é sério?”
“É sim, Laura. Ela que eu ia te
apresentar, é a Katheryn.” Sorri.
“Ela é linda.” Os olhinhos dela
brilharam. “Mas é por isso que a mamãe não deixava eu ir te ver?”
“Não sei, pode ser que sim...”
Peguei a Kath do colo do Cody, pra que ele pudesse atender seu Iphone, que
tocava e acordou ela.
“Desculpa, pequena.” Ele sussurrou
ao atender e beijou a testa dela.
Depois de desligar ele começou a
rir.
“Posso saber do que o senhor esta
rindo?”
“Sua sogra é muito protetora, e ta
falando pra gente ir pra casa.”
“Vou concordar com ela, porque o
vento ta começando a ficar frio... Pode chover como ontem à noite.”
“Eu posso ir com vocês, né?” Laura
perguntou.
“Claro que pode, baixinha.” Olhou
pro relógio. “Logo o Tom e o Gabe chegam da escola e, provavelmente, eles vão
lá pra casa.”
Fomos lá pra casa e Alli já estava
lá.
“Até que em fim, achei que tinha
sumido com a minha sobrinha.”
“Dramática!” Eu ri.
“Não sou dramática.” Cumprimentou a
Laura. “Oi Laura.” Sorriu.
“Oi,
Alli!”
“Tem gente lá em cima que vai
adorar te ver, quer dizer, duas gentes.” Ela riu.
Laura corou.
“Para de deixar a menina com
vergonha, Alli!”
“Desculpa gente... Mas é sério,
Laura.”
“Okay... Vou dar um oi pra eles.
Licença.” Subiu.
“Seus pais deixaram ela vir?” Alli
perguntou ao pegar Kath do carrinho e nós sentamos no sofá.
“Não exatamente... Ela tava com meu
irmão. Cara, sabiam que o Luiz quase morreu?”
“Hãm?” Os dois arregalaram os
olhos.
“É, não entendi bem...”
~POV Cody Simpson~
“Deve ser pra aprenderem a nunca
mais pedirem uma coisa daquelas.”
“Alli!”
“Hãm? Que coisa?”
“Nada, a Alli fala de mais.”
“Agora me falem, eu quero saber.”
“Você ainda não falou pra ela,
Cody?”
“Não, eu disse que não era pra
falar!”
“Falar o que? Dá pra vocês me
falarem ou ta difícil?”
“É, não temos que fazer o almoço?
Os meninos devem estar com fome.”
“---,
me fala logo!”
“Eu faço o almoço, vai lá falar com
ela.” Alli me entregou a Kath.
“Obrigado por nada, Alli.”
“Ela tem que saber.”
Subimos pro nosso quarto e eu
enrolei bastante antes de falar. Fiz a Kath dormir, liguei a tv, arrumei umas
coisas, liguei pro Jake pra pedir a lição, tentei falar de outro assunto...
“Cody! Para de enrolar e me fala.”
“O ALMOÇO TA PRONTO!” Alli gritou
lá de baixo.
“Vamos almoçar, você deve estar com
fome.” Levantei.
“Não, não estou.” Me puxou pra
sentar de novo. “Me fala e depois você vai almoçar.”
“Deixa isso pra lá, já passou...”
“Não. Me fala antes que você vá
passar a noite no sofá hoje.”
“Hãm?” Ri.
“É isso aí e eu não to brincando!”
“Você não vai desistir, amor?”
Suspirei e passei uma das mãos pra ajeitar o cabelo.
Ela negou com um meneio de cabeça.
“Okay... Sabe quando voltamos de
viagem? Acho que nesse dia seus pais biológicos descobriram que você tava
grávida, porque eles vieram falar comigo...”
Ela me interrompeu. “Falar com você?
O que eles disseram?”
“Posso acabar?” Ela se calou e eu
tomei continuidade. “Eles disseram pra eu te afastar da Kath, fazer com que você
não quisesse cuidar dela, ou então que eu sumisse com ela... Não queria te
contar pra que não ficasse com raiva deles e pra não te deixar preocupada.”
Os olhos dela estavam cheios de
lágrimas e ela levou as mãos à boca. “Como eles podem pedir isso?” Mirou o chão
e as lágrimas rolaram.
A abracei. “Viu porque eu não
queria te falar nada?” Limpei suas lágrimas. “Isso já passou, eles aprenderam a
lição, não chora.”
“Mas é a nossa filha, Cody, e eles
são meus pais... De um jeito ou de outro ela é neta deles...”
Peguei a Kath do carrinho e voltei
pra cama. “Olha aqui, amor, ela ta com a gente e é isso que importa, não é?”
Ela assentiu e limpou as lágrimas
com a costa da mão. “Mas eu vou esclarecer isso com eles quando for levar a
Laura.”
“Não, você não vai esclarecer nada.
Eu levo a Laura.”
“Sim, eu vou, e quero ver você me
impedir.” Levantou. “Leva a Kath que eu levo o carrinho.”
Descemos, os quatro já estavam
almoçando. Coloquei a Kath no carrinho e sentei ao lado da Manu. Depois do
almoço, Jake trouxe a lição pra gente copiar e, quando acabamos, Laura pediu
pra ir embora. Tentei convencer a Manu de me deixar levar ela sozinho, mas ela
não quis, nem pensou na possibilidade... A pequena ficou com minha mãe, porque
não iríamos demorar, pelo menos achávamos. Ela tocou a campainha e eu estava
mais nervoso do que ela própria. Gustavo quem abriu.
“Obrigado por trazer ela.”
“De nada... É, Luiza e Fernando
estão?”
“Lá em cima, quer que eu chame?”
“Se incomoda se nós entrarmos?”
“Não, entrem.” Abriu espaço e nós
entramos.
“Tchau, irmã, vou tomar um banho
pra sair.” Laura se despediu dela, depois de mim e subiu.
“Vou chamar eles, okay?” Gustavo
disse após fechar a porta e em seguida subiu.
“Você tem certeza de que quer falar
com eles?” Perguntei na esperança da resposta ser não.
“Tenho certeza, certeza absoluta.”
Ela disse firme, mirando as escadas.
“Mas, Manu...”
“Sem ‘mas’, Cody.”
~~~~~~~~~~~
Ooooi meninas, bom, o que esperam dessa conversa? Comentem e eu continuo! Desculpem a demora. (: xoxo
Primeira a comentar ~le dancinha maluca~ sou leitora nova e estou andando meu nome é Janny e karaca será o que eles vão achar?e o plano do Harry?? cara tô muito curiosa
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaa amei continua por favor :) nossa o proximo cap vai pega fogo kkk ñ vejo a hora de vc continua Manu aaaaaaaaaaaa to muito curiosa muito msm :) @paolas2_
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaaaaaa ta perfeito demais amor continua logo to amando
ResponderExcluirAAAAAAAAAAAAAAAAA NÃO, vc não pode deixar a gente assim, nessa curiosidade aaaaa, vou morrer! Continuaaa *-*
ResponderExcluirnossa ta incrivel manu... como sempre parando nas partes q possui mais supense... kkkkk ta d parabens!! Continuaa *----*
ResponderExcluirCONTINUUUUUUUUUA MANU !*O* NAATH !
ResponderExcluirTô muiiito curiosa pra saber oque ela vai dizer e qual e o plano do Harry ! continua <3333333333 @teamcodybiebs
ResponderExcluir