sábado, 13 de outubro de 2012

Capítulo 79



Na rua de casa nos olhamos e começamos a rir descontroladamente do nada.
“Parecemos loucos.” Ela disse.
“Não parecemos, nós somos, princesa.” Troquei o violão de mão pra que pudesse abraçar ela.
“Tia Angie vai nos matar.”
“Pelo menos uma bronca vamos levar, se ela tiver de bom humor só isso.”
Encaramos a porta e, então, toquei a campainha. Já estava tudo apagado, mas não tínhamos levado as chaves. Lá de baixo ouvimos a pequena acordar com o barulho da campainha e em seguida as luzes se acenderam. Meu pai abriu a porta com a maior cara de sono e susto. Rimos mais ainda.

“Entrem logo.” Ele respirou fundo por ver que éramos nós.
“Calma, pai, respira.”
“Estão achando engraçado, né?” Ele segurou pra não rir enquanto fechava a porta.
“Só um pouquinho, sogrão.”
“Vocês acordaram a bebê e tão molhando a casa toda. Vou dar uma de Angie agora, já pra cima e depois não quero ver um pingo de água aqui no chão.” Imitou a voz da minha mãe.
“Eu to ouvindo, Brad!” Ela disse enquanto descia com Kath no colo. “Mas é isso mesmo, já pra cima e sequem o chão depois. Fico com a Kath até vocês se secarem ou passam resfriado pra ela.” Sentou no sofá.
Ainda rindo, nós subimos pro quarto, tomamos um banho e colocamos uma roupa quente, eu fui buscar a Kath e minha mãe já tinha nos livrado de secar o chão. Voltei pro quarto com ela, Manu a amamentou.
“Posso tentar fazer ela dormir?”
“Claro.” Me passou ela.
Enquanto a balançava cantei uma música bem calminha e ela logo dormiu, a coloquei em seu quarto e voltei pro nosso.
“Foi bem, geralmente, ela demora pra dormir.”
“Pai é pai, né amor?” Ri e me deitei ao lado dela.
“Vamos precisar do senhor pai todos os dias.”
“Senhor pai às suas ordens, senhorita.” Fiz uma voz daquelas de narradores de radio de antigamente, mas um pouco mais grossa.
“Mô?”
“Oi?”
“Eu te amo.”
“Eu te amo.”
Ficamos nos beijando por um tempo e depois fomos dormir, perdi a hora no outro dia e nós resolvemos dar uma volta com Kath até a praça, perto da hora do almoço.
~POV Manuela Albuquerque~
Fui comprar sorvetes pra nós porque o calor estava imenso. Enquanto pagava, escutei alguém me chamar e em seguida abraçar minha cintura, eu conheci essa voz.
“Eu tava com saudades, irmã.”
“Eu também, Laura... Nem foi mais me ver.”
“Mamãe disse que não era pra eu ir e também, só agora, que nosso irmão se recuperou.”
“Hãm? O que ele tinha?”
“Eu não sei direito, ouvi a mamãe e o papai dizendo que não sei qual bebê nem deveria nascer e depois disso o Luiz ficou mal e quase morreu... O Gustavo falou que foi porque eles não deveriam ter dito isso.”
“E agora ele ta melhor?”
“Ta sim, há duas semanas ele saiu do hospital.”
“Oi.” Gustavo se aproximou e me cumprimentou. Já conhecia ele há desde que havia se mudado pra cá, mas nós não tínhamos qualquer intimidade, muito menos amizade. “Vamos pra casa, Laura?”
“Eu quero ficar mais com minha irmã.”
“Mas...”
“Por favor, levo ela depois.”
“Okay... Não muito tarde porque nós vamos sair.”
“Tudo bem, é só por um tempo.”
Ele se despediu e seguiu seu caminho, comprei um sorvete pra Laura.
“Vou te apresentar uma pessoa.” Disse enquanto andávamos em direção a onde o Cody estava, mas ainda estávamos um pouquinho longe do banco.
“Quem? Você terminou com seu namorado e agora tem outro? Eu gostava dele...” Ela disse enquanto abria o sorvete.
Ri. “Não, nós estamos muito bem, é outra pessoa.”
Ao chegarmos no banco ela estranhou ter um bebê no colo do Cody.
“Oi cunhado.” Cumprimentou ele.
“Oi baixinha.”
“É sua irmãzinha?” Apontou pra Kath e sentou na ponta do banco, me dando espaço pra sentar ao lado do Cody.
Cody riu. “Não, ela é a nossa filha.”
“Isso é sério?”
“É sim, Laura. Ela que eu ia te apresentar, é a Katheryn.” Sorri.
“Ela é linda.” Os olhinhos dela brilharam. “Mas é por isso que a mamãe não deixava eu ir te ver?”
“Não sei, pode ser que sim...” Peguei a Kath do colo do Cody, pra que ele pudesse atender seu Iphone, que tocava e acordou ela.
“Desculpa, pequena.” Ele sussurrou ao atender e beijou a testa dela.
Depois de desligar ele começou a rir.
“Posso saber do que o senhor esta rindo?”
“Sua sogra é muito protetora, e ta falando pra gente ir pra casa.”
“Vou concordar com ela, porque o vento ta começando a ficar frio... Pode chover como ontem à noite.”
“Eu posso ir com vocês, né?” Laura perguntou.
“Claro que pode, baixinha.” Olhou pro relógio. “Logo o Tom e o Gabe chegam da escola e, provavelmente, eles vão lá pra casa.”
Fomos lá pra casa e Alli já estava lá.
“Até que em fim, achei que tinha sumido com a minha sobrinha.”
“Dramática!” Eu ri.
“Não sou dramática.” Cumprimentou a Laura. “Oi Laura.” Sorriu.
“Oi, Alli!”
“Tem gente lá em cima que vai adorar te ver, quer dizer, duas gentes.” Ela riu.
Laura corou.
“Para de deixar a menina com vergonha, Alli!”
“Desculpa gente... Mas é sério, Laura.”
“Okay... Vou dar um oi pra eles. Licença.” Subiu.
“Seus pais deixaram ela vir?” Alli perguntou ao pegar Kath do carrinho e nós sentamos no sofá.
“Não exatamente... Ela tava com meu irmão. Cara, sabiam que o Luiz quase morreu?”
“Hãm?” Os dois arregalaram os olhos.
“É, não entendi bem...”
~POV Cody Simpson~
“Deve ser pra aprenderem a nunca mais pedirem uma coisa daquelas.”
“Alli!”
“Hãm? Que coisa?”
“Nada, a Alli fala de mais.”
“Agora me falem, eu quero saber.”
“Você ainda não falou pra ela, Cody?”
“Não, eu disse que não era pra falar!”
“Falar o que? Dá pra vocês me falarem ou ta difícil?”
“É, não temos que fazer o almoço? Os meninos devem estar com fome.”
“---, me fala logo!”
“Eu faço o almoço, vai lá falar com ela.” Alli me entregou a Kath.
“Obrigado por nada, Alli.”
“Ela tem que saber.”
Subimos pro nosso quarto e eu enrolei bastante antes de falar. Fiz a Kath dormir, liguei a tv, arrumei umas coisas, liguei pro Jake pra pedir a lição, tentei falar de outro assunto...
“Cody! Para de enrolar e me fala.”
“O ALMOÇO TA PRONTO!” Alli gritou lá de baixo.
“Vamos almoçar, você deve estar com fome.” Levantei.
“Não, não estou.” Me puxou pra sentar de novo. “Me fala e depois você vai almoçar.”
“Deixa isso pra lá, já passou...”
“Não. Me fala antes que você vá passar a noite no sofá hoje.”
“Hãm?” Ri.
“É isso aí e eu não to brincando!”
“Você não vai desistir, amor?” Suspirei e passei uma das mãos pra ajeitar o cabelo.
Ela negou com um meneio de cabeça.
“Okay... Sabe quando voltamos de viagem? Acho que nesse dia seus pais biológicos descobriram que você tava grávida, porque eles vieram falar comigo...”
Ela me interrompeu. “Falar com você? O que eles disseram?”
“Posso acabar?” Ela se calou e eu tomei continuidade. “Eles disseram pra eu te afastar da Kath, fazer com que você não quisesse cuidar dela, ou então que eu sumisse com ela... Não queria te contar pra que não ficasse com raiva deles e pra não te deixar preocupada.”
Os olhos dela estavam cheios de lágrimas e ela levou as mãos à boca. “Como eles podem pedir isso?” Mirou o chão e as lágrimas rolaram.
A abracei. “Viu porque eu não queria te falar nada?” Limpei suas lágrimas. “Isso já passou, eles aprenderam a lição, não chora.”
“Mas é a nossa filha, Cody, e eles são meus pais... De um jeito ou de outro ela é neta deles...”
Peguei a Kath do carrinho e voltei pra cama. “Olha aqui, amor, ela ta com a gente e é isso que importa, não é?”
Ela assentiu e limpou as lágrimas com a costa da mão. “Mas eu vou esclarecer isso com eles quando for levar a Laura.”
“Não, você não vai esclarecer nada. Eu levo a Laura.”
“Sim, eu vou, e quero ver você me impedir.” Levantou. “Leva a Kath que eu levo o carrinho.”
Descemos, os quatro já estavam almoçando. Coloquei a Kath no carrinho e sentei ao lado da Manu. Depois do almoço, Jake trouxe a lição pra gente copiar e, quando acabamos, Laura pediu pra ir embora. Tentei convencer a Manu de me deixar levar ela sozinho, mas ela não quis, nem pensou na possibilidade... A pequena ficou com minha mãe, porque não iríamos demorar, pelo menos achávamos. Ela tocou a campainha e eu estava mais nervoso do que ela própria. Gustavo quem abriu.
“Obrigado por trazer ela.”
“De nada... É, Luiza e Fernando estão?”
“Lá em cima, quer que eu chame?”
“Se incomoda se nós entrarmos?”
“Não, entrem.” Abriu espaço e nós entramos.
“Tchau, irmã, vou tomar um banho pra sair.” Laura se despediu dela, depois de mim e subiu.
“Vou chamar eles, okay?” Gustavo disse após fechar a porta e em seguida subiu.
“Você tem certeza de que quer falar com eles?” Perguntei na esperança da resposta ser não.
“Tenho certeza, certeza absoluta.” Ela disse firme, mirando as escadas.
“Mas, Manu...”
“Sem ‘mas’, Cody.”
~~~~~~~~~~~
Ooooi meninas, bom, o que esperam dessa conversa? Comentem e eu continuo! Desculpem a demora. (: xoxo

7 comentários:

  1. Primeira a comentar ~le dancinha maluca~ sou leitora nova e estou andando meu nome é Janny e karaca será o que eles vão achar?e o plano do Harry?? cara tô muito curiosa

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  2. aaaaaaaaaaaaa amei continua por favor :) nossa o proximo cap vai pega fogo kkk ñ vejo a hora de vc continua Manu aaaaaaaaaaaa to muito curiosa muito msm :) @paolas2_

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  3. aaaaaaaaaaaaaaaaa ta perfeito demais amor continua logo to amando

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  4. AAAAAAAAAAAAAAAAA NÃO, vc não pode deixar a gente assim, nessa curiosidade aaaaa, vou morrer! Continuaaa *-*

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  5. nossa ta incrivel manu... como sempre parando nas partes q possui mais supense... kkkkk ta d parabens!! Continuaa *----*

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  6. CONTINUUUUUUUUUA MANU !*O* NAATH !

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  7. Tô muiiito curiosa pra saber oque ela vai dizer e qual e o plano do Harry ! continua <3333333333 @teamcodybiebs

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